quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Como o empreendedor pode driblar a inadimplência no coworking.

Sempre é possível criar estratégias para que a situação econômica das empresas alocadas em coworking não atrapalhe o bom funcionamento do negócio.


Bruna Lofego , Administradores.com

16 de janeiro de 2018

iStock


Segundo o Censo Coworking Brasil 2017, até o primeiro trimestre deste ano foram contabilizados 810 escritórios compartilhados ativos no país - um crescimento de 114% em relação ao ano passado. Seja com a economia em alta ou em baixa, os coworkings continuam a representar uma boa escolha para a grande maioria as empresas. Em momentos de crise, muitas empresas procuram os escritórios compartilhados para amenizar os custos fixos. Mas, mesmo com a melhoria do cenário econômico, muitas empresas continuam a utilizar os coworkings, por notarem que, além de mais econômicos, são espaços práticos, versáteis e confortáveis.

No entanto, com os altos e baixos da economia, sempre há empresas que não atingem o lucro desejado em relação aos investimentos que fizeram. Ainda segundo a pesquisa do Coworking Brasil, 14% das empresas instaladas em coworkings tiveram prejuízo em 2016, 9% declararam que o negócio não foi bem, e 35% consideraram o lucro obtido abaixo do esperado. Com isso, cresce uma questão que afeta negócios das mais diversas áreas: a inadimplência.

Mas sempre é possível criar estratégias para que a situação econômica das empresas alocadas em coworking não atrapalhe o bom funcionamento do negócio. É relativamente normal que o coworking termine o mês com uma inadimplência de 1%. Se esse índice subir para 5% no final e no início do ano, é preciso ter muito cuidado, pois essa taxa é considerada muito alta.

Não há nada de errado em cobrar um cliente se ele estiver inadimplente, mas é uma situação que sempre pode causar desconforto. Por isso, é preciso tomar alguns cuidados que ajudam a evitar "saia justa":

Cobrar antecipadamente ao uso
A prestação de serviço em um coworking se dá de forma imediata, com o uso das instalações. A cobrança antecipada evita que o empreendedor tenha problemas com pessoas mal intencionadas. É uma condição justa de cobrança, que garante que o empreendedor não passe por certos imprevistos.

Fazer análise de crédito
Previna-se e realize uma análise de crédito criteriosa. Exija documentos que atestem que o interessado é um bom pagador. Além disso, esclareça muito bem questões ligadas à forma de pagamento das mensalidades. Pesquisar sobre o cliente e conversar para alinhar pontos duvidosos é uma das estratégias que evita a ocorrência de problemas futuros.

Ofereça pacotes personalizados
Comercialize pacotes mais simples, personalizados de acordo com a necessidade das empresas, mas sem ultrapassar o orçamento do contratante. Facilite a decisão com vantagens extras, inove e inclua itens diferenciados. Com pacotes feitos sob medida, você oferece opções mais econômicas para seus clientes, com um valor que seja vantajoso para o seu negócio.

Sazonalidade
A inadimplência pode subir bastante no início e no final de ano, épocas em que as empresas podem ter seu faturamento afetado. Estabeleça critérios específicos de cobrança nessas datas. É imprescindível descrever de forma bem detalhada em contrato as diferentes especificações em relação a essa questão, para que seja possível pedir garantias durante esses períodos.

Bruna Lofego — Especialista em coworking, além de CEO e Founder da CWK Coworking, que conta com cinco espaços, localizados em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Lançou em 2016 o curso Como Montar seu Coworking, voltado para empreendedores e investidores de todo o Brasil interessados em abrir um espaço compartilhado.

https://www.administradores.com.br/noticias/negocios/como-o-empreendedor-pode-driblar-a-inadimplencia-no-coworking/123079/

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Quando uma empresa tem foco e mesmo assim quebra.

11 jan 2018

 

Segundo pesquisas do SEBRAE, no Brasil existem 6,4 milhões de estabelecimentos. Desse total, 99% são micro e pequenas empresas (MPE). As MPEs respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado (16,1 milhões de pessoas) e aproximadamente 50% das microempresas não conseguem sobreviver aos 2 primeiros anos de vida.
Um dos maiores desafios atualmente para as MPEs não está na falta de informação ou conteúdo perante a facilidade e infinidade de possibilidades perante à internet e sim em ter a clareza suficiente do seu negócio e saber quais as decisões assertivas que devem ser tomadas no curto, médio e longo prazo, mesmo sabendo que mudanças de rota serão necessárias perante um cenário de mudanças cada vez maiores.

Ter foco para obter resultados satisfatórios já não é mais a receita infalível para garantir o sucesso de um negócio. A nova realidade da economia e das empresas brasileiras vai muito além do simples investimento em energia, tempo, dinheiro e pessoas, em tarefas básicas e pré-definidas que nem sempre se transformam na receita financeira esperada.
“Como resultado desse processo temos micro, pequenos empresários frustrados com seu negócio, tendo poucas vendas e clientes, patinando com suas empresas, praticando a lei do máximo esforço e mínimo resultado e, muitas vezes, sem saber porque isso está acontecendo”, destaca Renato Pradillas, coach de negócios e sócio da RP Resultado e Performance, empresa focada em desenvolvimento empresarial.
Os empresários que não sabem o que está acontecendo internamente em seus negócios muitas vezes buscam razões externas para justificar o mau desempenho. “Crise e retração da economia frequentemente viram as justificativas mais frequentes nos corredores das empresas”, reforça Pradillas.

Segundo Pradillas, o problema não é falta de foco do empresariado, pois eles são muito dedicados e trabalhadores. A questão é a busca pela clareza. “Ter uma visão clara e objetiva de onde se quer chegar é um dos primeiros e mais importantes passos, antes mesmo de definir o foco e começar a atuar. Sem isto não temos como medir nosso progresso.”, diz o especialista.
Diante desse cenário das MPEs, Pradillas tem uma meta audaciosa em quebrar a tradição de que o Brasil só começa a funcionar depois do Carnaval e já está montando uma Imersão para um grupo reduzido e seleto de micro e pequenos empresários por 3 dias.
Nesta imersão, o “foco” será montar todo o planejamento estratégico, um plano de ação e desenvolver habilidades em Vendas para que cada empresário possa bater as metas de ainda em 2018 e ter uma empresa mais sustentável e lucrativa.
A Imersão acontece em São Paulo nos dias 02, 03 e 04 de fevereiro de 2018, ou seja, uma semana antes do Carnaval.

Candidate-se a uma das vagas pelo link: http://renatopradillas.com.br/imersaolapidar

https://exame.abril.com.br/negocios/dino/quando-uma-empresa-tem-foco-e-mesmo-assim-quebra/

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Inadimplência das empresas cresceu 3,71% em novembro.
 
Comparação anual, entretanto, mostra desaceleração do calote.


por O Globo

SÃO PAULO - O número de empresas inadimplentes e registradas nos cadastros de devedores cresceu 3,71% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado – quando a variação havia sido de 6,80%. Entre outubro para novembro de 2017, houve leve crescimento de 0,53%. O número de dívidas teve crescimento de 2,01% em novembro na comparação anual.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) através do Indicador de Inadimplência de Pessoa Jurídica.

“Para os próximos meses, espera-se que atividade econômica siga uma lenta recuperação, e que os empresários permaneçam cautelosos devido ao cenário de grande incerteza política e econômica, o que deve manter o crescimento da inadimplência das empresas limitado", avaliou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro,

Os dados mostram que o Nordeste lidera o crescimento da inadimplência das empresas. Na comparação de novembro com o mesmo mês do ano anterior, o número de pessoas jurídicas negativadas na região cresceu 3,80%, a maior alta entre as regiões, seguida pela região Centro-Oeste, que teve um aumento de 3,50%. Em seguida aparecem as regiões Sudeste (3,30%),, Sul (3,03%) e Norte (1,96%).

Entre os segmentos devedores, as altas mais expressivas ficaram com serviços (5,91%) e comércio (2,30%), seguidos de indústria (1,88%).

https://oglobo.globo.com/economia/inadimplencia-das-empresas-cresceu-371-em-novembro-22238667