sexta-feira, 29 de julho de 2016

Inadimplência das empresas sobe 12% em junho, dizem SPC e CNDL.

Instituições destacam que o indicador vem crescendo com menos força.
Setor que inclui bancos lidera a participação no total de dívidas em atraso.


Do G1, em São Paulo


A inadimplência entre as empresas aumentou 12,3% em junho na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). No entanto, as instituições destacam que o indicador vem crescendo com menos força. Na comparação com maio, a inadimplência caiu 0,71%.

Crescimento da inadimplência
Variação em % das empresas com contas em atraso
14,3613,9514,2213,9613,0112,34jan 16fev 16mar 16abr 16mai 16jun 1602,557,51012,51517,5
Fonte: SPC Brasil e CNDL
 
“Nos últimos meses, tanto o número de empresas devedoras quanto o de pendências ligadas a estas empresas seguem em crescimento moderado, já que ambos os indicadores vêm mostrando desaceleração desde março de 2016. Apesar disso, as taxas de crescimento da inadimplência de pessoas jurídicas continuam sendo expressivas, o que reflete as dificuldades econômicas enfrentadas no país”, afirmou em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

“A economia brasileira deteriorou-se rapidamente, o que impactou a renda das famílias e o faturamento das empresas. A alta da inadimplência observada entre as empresas é um duro reflexo desse cenário, que limita o crédito e engessa o crescimento dos negócios”, disse a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Pagamentos atrasados
Segundo a pesquisa, o setor credor de serviços, que inclui os bancos e financeiras, lidera a participação no total de dívidas em atraso das empresas, concentrando mais da metade das dívidas. O segundo maior credor em todas as regiões analisadas é o setor de Comércio.

Os dados se referem a quatro regiões pesquisadas – Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. A região Sudeste não foi considerada devido à Lei Estadual nº 15.659 que vigora no estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado.


http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/inadimplencia-das-empresas-sobe-12-em-junho-dizem-spc-e-cndl.html

terça-feira, 26 de julho de 2016

Insper/Santander: confiança de pequenas e médias empresas para 3º tri sobe 3,18%.

Comércio teve avanço de 5,46% e a indústria de 3,45%; serviços apresentou retração de 0,85%.



Insper/Santander: confiança de pequenas e médias empresas para 3º tri sobe 3,18%
Foto: Dreamstime


SÃO PAULO - O índice de confiança dos empresários de pequenos e médios negócios para o terceiro trimestre de 2016 atingiu 60,35 pontos, uma alta de 3,18% quando comparado ao segundo trimestre, de acordo com pesquisa do Insper/Santander. Na divisão por setores, o comércio teve avanço de 5,46%, enquanto a indústria subiu 3,45% e serviços registrou retração de 0,85%.

Dos seis tópicos sobre os quais os pequenos empresários foram questionados, quatro apresentaram alta e os outros dois, queda. O melhor resultado foi nas expectativas para a Economia do País (12,19%), seguida por Ramo de atuação (+6,19%), Faturamento (+1,8%) e Lucro (+0,76%). Já as quedas foram em Investimento (-1,01%) e Empregados (-0,12%).
Na divisão por regiões, houve melhora no Centro-Oeste (+6,68%), Sul (+4,05%), Nordeste (+3,61%) e Sudeste (+2,90%). A única queda foi no Norte (-2,49%).

Segundo o professor e pesquisador do Insper Gino Olivares, o avanço da confiança dos pequenos empresários foi puxado pelas expectativas em relação ao desempenho da economia brasileira. "O indicador sugere que os empresários estão mais otimistas em função das mudanças percebidas ou esperadas nas condições macroeconômicas no País, que podem representar uma recuperação mais rápida da atividade econômica", comentou.

Para Marcelo Aleixo, superintendente executivo de pequenas e médias empresas do Santander, a continuidade do apoio a essas companhias se faz ainda mais importante quando elas voltam a acreditar na retomada da economia.
O Insper realizou 1.262 entrevistas telefônicas. A margem de erro da pesquisa é de 1,4 ponto porcentual, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. O indicador mede a confiança do empresário de pequenos e médios negócios (com faturamento de até R$ 80 milhões) na economia brasileira.

O índice reflete as perspectivas deste grupo com relação ao futuro da economia, do seu setor e do seu próprio negócio. Os entrevistados respondem questões obedecendo a uma escala de 0 a 100 pontos, onde 100 representa o nível máximo de confiança.

Estadão Conteúdo

http://www.dci.com.br/economia/confianca-de-pequenas-e-medias-empresas-para-3%C2%BA-tri-sobe-3,18--id563464.html

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Renegociar dívidas com instituições exige pesquisa.
Ao iniciar o diálogo com o banco, o devedor deve já ter feito um diagnóstico de sua situação financeira e ter pesquisado as menores taxas no mercado.




São Paulo - A queda no rendimento do trabalhador e o aumento do desemprego levam os brasileiros a tentarem renegociar, não só serviços, como também dívidas. Mas, para especialistas, o fundamental, neste momento, é já apresentar uma proposta pronta para os bancos.

Diante da queda da atividade econômica no País, o desemprego chegou aos piores patamares desde 2012, com 11,2% no trimestre até maio deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com estudo da Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), no primeiro semestre de 2016 a inadimplência do consumidor registrou alta de 2,8%.
Ao mesmo tempo, o rendimento médio real habitualmente dos trabalhadores caiu 2,7% entre março e maio.

Com dívidas em atraso, muitas famílias precisam renegociá-las e o primeiro passo é se reorganizar, ou seja, fazer um diagnóstico financeiro cortando todos os gastos possíveis antes de contatar o credor.
Para isso, a família deve calcular o valor das dívidas, priorizando sempre as contas que cobram juros mais altos - como cartão de crédito (470% ao ano) e o cheque especial (311% ao ano) - e as contas essenciais que podem ocasionar corte de serviços, como água, luz, telefone e escola.

Após essa reorganização, será então determinada a parcela da renda destinada ao pagamento da renegociação. E, ainda antes de procurar o credor, é necessário pesquisar as taxas de juros de operações de crédito dos bancos, o que pode ser feito por meio de um ranking no site do Banco Central (BC). Com essa pesquisa e o diagnóstico financeira, a pessoa deve contatar o credor com uma proposta já definida.

"Os clientes têm receio de procurar o credor, mas especialmente, neste momento de alta inadimplência, as instituições estão mais abertas para a renegociação porque para elas, também é vantajoso receber o dinheiro", explicou Marcela Kawauti, economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) ao DCI.

Para os desempregados, Reinaldo Domingos orientou não adquirir outra dívida para quitar as contas, pois sem renda garantida, não será possível pagar a nova parcela e descartou a utilização de uma reserva financeira para este fim.

Modalidades de crédito
Questionado sobre os tipos de créditos oferecidos pelas instituições financeiras, o professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Valdir Domeneghetti, indicou como primeira opção o empréstimo consignado - que apresenta as melhores taxas - e, em seguida, está o empréstimo pessoal.

Já a modalidade Empréstimo para Negativados deve ser descartada pelos juros altos. Ele ainda afirmou que se o cliente for vinculado a um banco, é possível fazer uma portabilidade de crédito, migrando a dívida para outra instituição com melhores condições. Já Marcos Crivelaro, professor de finanças da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap) sugeriu também que o cliente pode oferecer uma garantia ao banco, como um veículo.

Verônica Lugarini

http://www.dci.com.br/financas-pessoais/renegociar-dividas-com-instituicoes-exige-pesquisa-id561823.html

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Atividade econômica recua 0,5% em maio ante abril, aponta Serasa Experian.
 

Na comparação com maio do ano passado, a queda foi de 3,1%; já nos primeiros meses do ano a retração foi de 4,5% ante igual intervalo de 2015.


No acumulado em 12 meses, a atividade econômica registrou baixa de 4,7%.
Foto: Creative Commons - Reprodução autorizada


SÃO PAULO - O índice de atividade econômica da Serasa Experian recuou 0,5% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal. Na comparação com maio do ano passado, a queda foi de 3,1%. Já nos cinco primeiros meses do ano há retração de 4,5% ante igual intervalo de 2015. No acumulado em 12 meses, a baixa é de 4,7%.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o fato da atividade econômica ter apresentado em maio a menor retração interanual em 11 meses é um sinal de que a recessão econômica começa a perder fôlego ao longo deste segundo trimestre.

Pelo lado da oferta, houve queda em todos os setores econômicos em maio em relação a abril. A maior delas foi de 2,1% na indústria. A agropecuária recuou 0,7% e serviços tiveram retração de 0,2%. Já na comparação anual, a agropecuária teve alta de 2,9%, enquanto a indústria caiu 3,1% e serviços apresentaram baixa de 2,5%.

Na decomposição pelo lado da demanda, a formação bruta de capital fixo caiu 1,6% em maio na comparação mensal (-10,1% na variação anual), enquanto importações de bens e serviços recuaram 3,6% (-10,3% no ano), o consumo das famílias diminuiu 1,1% (-6,1% no ano) e os gastos do governo recuaram 0,2% (-3,0% no ano). As exportações caíram 0,9%, na primeira queda mensal desde novembro do ano passado. Mesmo assim, na comparação com maio de 2015 houve alta de 9,3%.

Estadão Conteúdo

http://www.dci.com.br/economia/atividade-economica-recua-0,5--em-maio-ante-abril%C2%A0-id561044.html

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Restrição de crédito e temor de desemprego reduzem número de famílias endividadas em SP.
Proporção de famílias endividadas na capital paulista caiu 1,1 ponto percentual em junho sobre maio, para 49%, menor resultado desde abril de 2015.


Segundo a pesquisa, o número de famílias em situação de inadimplência no mês passado na cidade era de 675 mil.
Segundo a pesquisa, o número de famílias em situação de inadimplência no mês passado na cidade era de 675 mil.
Foto: Creative Commons
SÃO PAULO - A contenção de instituições financeiras na oferta de crédito e receio de desemprego geraram uma redução na proporção de famílias da cidade de São Paulo que se dizem envidadas, segundo levantamento da Federação do Comércio do Estado (FecomercioSP). 
Segundo a pesquisa, que entrevistou cerca de 2,2 mil consumidores, a proporção de famílias endividadas na capital paulista caiu 1,1 ponto percentual em junho sobre maio, para 49 por cento, menor proporção desde abril de 2015. Um ano antes, a fatia de famílias endividadas era de 54 por cento.
Em números absolutos, o total de famílias com algum tipo de dívida diminuiu de 1,925 milhão em maio para 1,88 milhão em junho, ante 1,936 milhão em junho do ano passado. A pesquisa é realizada mensalmente desde fevereiro de 2004. "A queda foi motivada pela restrição de crédito imposta pelo mercado e pelo temor do desemprego, que leva as famílias e evitarem novas dívidas", afirmou a FecomercioSP. "As famílias seguem conservadoras e evitando os crediários."

Enquanto isso, o número de famílias paulistanas com atraso em pagamento de contas foi de 17,6 por cento em junho, uma queda de 1,2 ponto percentual ante maio, mas alta de 2,4 pontos sobre um ano antes. Segundo a pesquisa, o número de famílias em situação de inadimplência no mês passado na cidade era de 675 mil, das quais 50,3 por cento afirmaram ter débitos vencidos há mais de 90 dias; 22,9 por cento entre 30 e 90 dias; e 25,9 por cento estão com dívidas vencidas há até 30 dias.
Em junho, 7,2 por cento das famílias pesquisadas disseram que não teriam condições de pagar total ou parcialmente suas contas em julho. O percentual era de 6,1 por cento em junho do ano passado. Segundo a FecomercioSP, existem 277 mil famílias paulistanas nessa situação.
Dívidas com cartão de crédito foram citadas por 73 por cento dos entrevistados, seguidas por financiamento de carro (15 por cento), carnês e financiamento imobiliário (ambos com 14,3 por cento), crédito pessoal (14 por cento) e cheque especial (10,9 por cento), segundo o levantamento da entidade.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
Reuters

http://www.dci.com.br/financas/credito-restrito-e-medo-de-desemprego-limitam-endividamento-id560173.html

terça-feira, 5 de julho de 2016

Serasa: pedidos de recuperação judicial batem recorde no 1º semestre.
Indicador disparou 87,6% de janeiro a junho deste ano, ante igual intervalo de 2015.
 


SÃO PAULO - Os pedidos de recuperação judicial dispararam 87,6% de janeiro a junho deste ano, ante igual intervalo de 2015, e atingiram o nível recorde de 923 ocorrências, segundo pesquisa da Serasa Experian. Considerando apenas o mês de junho, houve alta de 60% na comparação anual, para 168 pedidos. Em junho ante maio, houve queda de 8,7%.

De acordo com os economistas da Serasa, o recorde histórico atingido pelos pedidos de recuperação judicial neste primeiro semestre de 2016 revela a gravidade da atual crise econômica. "A combinação dos juros altos com a prolongada recessão impõe sérias dificuldades financeiras para as empresas, levando-as a se utilizarem do mecanismo da recuperação judicial como forma de se preservar da insolvência", diz a empresa por meio de nota.

No acumulado dos seis primeiros meses do ano, as micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial, com 535 casos, seguidas pelas médias (246) e pelas grandes empresas (142). No caso das falências, houve elevação 8,9% no período de janeiro a junho, com 869 pedidos. Considerando apenas junho, foram registrados 195 requerimentos, alta de 22,6% em relação ao mesmo mês de 2015 e avanço de 29,1% na comparação com maio deste ano.

Do total de requerimentos de falência efetuados até agora neste ano, 451 foram de micro e pequenas empresas, 211 foram de médias e 207 de grandes empresas.

O indicador da Serasa é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da empresa, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos Estados.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/recuperacao-judicial-bate-recorde-no-semestre-id559315.html