quarta-feira, 27 de abril de 2016

Inadimplência de empresas aumenta 11% em março de 2016.

Pesquisa da SPC Brasil, feita em quatro das cinco regiões do país, mostra que Nordeste foi quem mais sofreu.

 
NONATO VIEGAS
 

Levantamento do SPC Brasil aponta aumento, em março de 2016, de 11% na inadimplência das empresas ante março do ano passado. A região Nordeste foi a que apresentou maior variação do número de empresas inadimplentes (16,6%), seguido de Centro-Oeste (15,7%), Norte (12,1%) e Sul (11,4%). A região Sudeste não entra na pesquisa por conta de uma lei estadual de São Paulo que dificulta a “negativação” de pessoas físicas e jurídicas em São Paulo.

Segundo a pesquisa, os dados demonstram o quanto a recessão afetou a saúde financeira das famílias, respondendo na capacidade das empresas honrarem suas dívidas.


http://epoca.globo.com/tempo/expresso/noticia/2016/04/inadimplencia-de-empresas-aumenta-11-em-marco-de-2016.html

 

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Número de empresas endividadas cresceu 2,5% no 1º trimestre.

Inadimplência: desde o terceiro trimestre de 2015, os níveis de inadimplência estão numa faixa superior a 8%
Alexandre Novais, do Estadão Conteúdo
 

São Paulo - A inadimplência das empresas brasileiras subiu 2,5% nos primeiros três meses do ano ante o quarto trimestre de 2015, no cálculo sem ajustes sazonais, informou nesta segunda-feira, 18, a Boa Vista SPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Na comparação com os primeiros três meses de 2015, o indicador apresentou variação positiva de 9,2%.

No acumulado dos últimos quatro trimestres, o volume de empresas endividadas no País alcançou 9,3%, valor 0,4 ponto porcentual maior do apurado nos quatro trimestres anteriores. Os dados revelam ainda que, desde o terceiro trimestre de 2015, os níveis de inadimplência estão numa faixa superior a 8%.

De acordo com a Boa Vista SPC, o cenário pode ser explicado pela forte incerteza no País, retração da economia, alta da inflação e menor concessão de crédito.
A expectativa da Boa Vista SPC é de que o endividamento dos empresários continue em níveis elevados ao longo dos próximos meses, já que a confiança do setor deve permanecer baixa. 


http://exame.abril.com.br/economia/noticias/numero-de-empresas-endividadas-cresceu-2-5-no-1o-trimestre-diz-boa-vista-spc

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Inadimplência vai impactar resultado de bancos, diz BC.

Bandeira do Brasil do lado de fora da sede do Banco Central, em Brasília
Bandeira do Brasil do lado de fora da sede do Banco Central: as receitas de serviços, seguros e cartões devem ganhar importância do lucro líquido das instituições
Da REUTERS
 
Brasília - O Banco Central avalia que a inadimplência mais alta neste ano trará consequências para o balanço dos bancos, com aumento das provisões e achatamento de margens, cenário que deverá afetar especialmente as instituições públicas, segundo Relatório de Estabilidade Financeira divulgado nesta quinta-feira.

No documento, o BC informou que as instituições já haviam aumentado suas provisões no segundo semestre de 2015, preparando-se para cenário adverso, com perspectiva de baixo crescimento das concessões e de aumento dos atrasos nos pagamentos.
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"A inadimplência mais elevada implicará maiores despesas com provisões, acarretando queda das margens líquidas de intermediação e crédito, pressionando a rentabilidade do sistema, especialmente nos bancos públicos, por carregarem em seus portfólios maior proporção de linhas de crédito de menor margem", trouxe o documento.

Segundo o BC, o cenário de derrocada da economia, com juros elevados e a deterioração no mercado de trabalho e no nível de confiança de empresas e famílias, começou a se refletir "de maneira mais pronunciada" nos indicadores de crédito no período.
A resposta das instituições financeiras ao cenário mais difícil se deu pelo aperto na concessão de novos empréstimos na segunda metade do ano passado, sendo que os bancos privados aumentaram "de modo significativo" a cobertura de provisões para a inadimplência.

Para a autoridade monetária, a perspectiva de baixo crescimento das concessões vai continuar diminuindo a participação do crédito no resultado dos bancos.
Com isso, as receitas de serviços, seguros e cartões devem ganhar importância do lucro líquido das instituições. O BC também destacou que os ganhos com eficiência tendem a diminuir, pois "há um bom tempo" os bancos têm empreendido esforços nesse sentido.
 
Câmbio e Lava Jato

O BC apontou que a exposição das empresas à moeda estrangeira sem mecanismos de proteção identificados passou de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em junho de 2015 para 3,1% no último mês do ano, refletindo "essencialmente" o avanço do dólar frente ao real no período.

Segundo o BC, o grupo de devedores que não possui proteção cambial relevante e conhecida é restrito.
O BC informou ainda que "seguem como fatores de atenção contínua" os efeitos nas instituições do sistema financeiro decorrentes do aumento do risco de crédito das empresas investigadas na operação Lava Jato, bem como os setores e respectivas cadeias produtivas mais vulneráveis ao cenário econômico".

Apesar das ressalvas, para o BC a liquidez no sistema financeiro se manteve suficiente no último semestre, e que a solvência seguiu em patamar elevado no período.
Destacou ainda que, em situações de estresse, o sistema continuou mostrando capacidade de suportar choques de cenários adversos, como mudanças abruptas nos juros e câmbio.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/inadimplencia-vai-impactar-resultado-de-bancos-diz-bc

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Serasa: Brasil atinge marca histórica de 60 milhões de inadimplentes.

O montante representa 41% da população com mais de 18 anos e totaliza R$ 256 bilhões em dívidas em atraso.

Nos três primeiros meses de 2016, mais de dois milhões de pessoas inadimplentes passaram a fazer parte da lista da Serasa.
Nos três primeiros meses de 2016, mais de dois milhões de pessoas inadimplentes passaram a fazer parte da lista da Serasa.
Foto: Creative Commons
SÃO PAULO - O número de brasileiros inadimplentes atingiu a marca histórica de 60 milhões de pessoas em março, totalizando R$ 256 bilhões em dívidas em atraso, de acordo com estudo da Serasa Experian. O montante representa 41% da população com mais de 18 anos e é o mais adverso já registrado desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Naquela ocasião, o número de pessoas que não conseguiram honrar seus compromissos financeiros foi de 50,2 milhões.

Nos três primeiros meses de 2016, mais de dois milhões de pessoas inadimplentes passaram a fazer parte da lista da Serasa. A cada trimestre, cresce a quantidade de brasileiros que se somam aos já negativados, conforme a entidade. "Historicamente, a inadimplência tende a crescer mais no primeiro trimestre, pela concentração de despesas e gastos adicionais nessa época. Mas, neste levantamento, os números surpreenderam", admite, em nota, o economista Luiz Rabi, da Serasa.

Conforme a pesquisa, 77,2% das pessoas que estão endividadas e entraram na lista por falta de pagamento recebem até dois salários mínimos; 40% dos 60 milhões de inadimplentes recebem entre um e dois mínimos; e 37,2% vivem com menos de R$ 880,00. Ou seja, as classes com rendimentos mais baixos crescem mais do que as outras.
"Os mais afetados são as pessoas que praticamente vivem daquilo que recebem, não conseguem realizar nenhum tipo de reserva ou poupança financeira. Quando perdem o emprego, quando são atingidas pela inflação, são as que mais sofrem com os problemas de inadimplência", completa Rabi.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/financas/brasil-atinge-marca-historica-de-60-milhoes-de-inadimplentes-id540576.html

domingo, 10 de abril de 2016

Renegociações de dívida e inadimplência vão aumentar, diz BC. 
 
Da AGÊNCIA BRASIL
 
A inadimplência e as renegociações de dívidas devem aumentar, no atual cenário de crise econômica, de acordo com previsão do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Anthero Meirelles.
“A gente espera evidentemente que a inadimplência continue crescendo, não estamos esperando nada explosivo, nenhuma ruptura. Mas está crescendo em todos os bancos”, disse o diretor, ao apresentar o Relatório de Estabilidade Financeira. Meirelles afirmou que os bancos já se anteciparam ao cenário adverso, com aumento de provisões para possíveis perdas com operações de crédito.
O diretor acrescentou que é preciso acompanhar o aumento da inadimplência “com uma lupa”, mas o sistema financeiro é “um fundamento importante da economia brasileira. “É uma parte forte, é um elo forte da corrente.”
 
Renegociações
Os dados do BC mostram que ao final do ano passado 7,6% do saldo da carteira de crédito dos bancos era de empréstimos renegociados. Esse percentual era menor no fim do primeiro semestre de 2015: 6,7%.
O banco também observou o aumento de reestruturações de operações, que são feitas em situações mais severas, pois o tomador enfrenta dificuldades financeiras evidentes e, em geral, já possui operações em atraso.
Para resolver esse problema, explica o BC, o banco admite concessões relativamente às condições de pagamento, que não aceitaria em condições normais de mercado, pois o objetivo passa a ser a recuperação do principal (valor emprestado).
Nesse caso, saldo das operações reestruturadas evoluiu de 1,6% da carteira em junho para 1,9% em dezembro de 2015.
Segundo o diretor, do total das operações reestruturas, 30% geram perdas ao banco no futuro. Mas se esses empréstimos não tivessem sido reestruturados, a estimativa do BC é que haveria um aumento de 0,7 pontos percentuais na inadimplência de empresas e pessoas físicas, que fechou 2015 em 3,4%.
 
Crédito
O diretor acrescentou que tanto a oferta pelos bancos com a demanda das empresas e famílias por crédito estão baixas.
“Hoje o que impede um mercado mais dinâmico de crédito é o baixo nível de confiança de pessoas físicas e empresas, que reflete um pessimismo com relação à situação econômica. O crédito voltará a crescer quando esses níveis de confiança estiverem se recuperando”, disse, ao ser questionado sobre os efeitos de medidas de estimulo ao crédito, anunciadas em janeiro pelo governo, em momento de baixa demanda e oferta de crédito. Entretanto, Meirelles acrescentou que a situação de baixa confiança e de performance nos negócios não atinge todos os setores igualmente. Ele destacou que alguns setores  continuam “pujantes, como o exportador, de substituição de importação e o agronegócio.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/renegociacoes-de-divida-e-inadimplencia-vao-aumentar-diz-bc

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Crise seca capital de giro de empresas.

Empresários e analistas apontam dificuldades em levantar recursos para manter as operações em funcionamento.

Renato Jakitas, Estadão PME

O paulistano Felipe Cassola tenta há algum tempo diversificar a atuação de sua empresa de comunicação visual e digital, a Success, justamente para se proteger dos solavancos da economia. Mesmo assim, nos últimos meses, ele começou a sentir o impacto da recessão no País. “As pessoas estão gastando menos”, diz ele, que ao subtrair os custos do negócio com a receita proveniente dos clientes notou um risco no horizonte: a perda de capital de giro, a reserva de dinheiro destinada a manter a operação em funcionamento.

Cassola trouxe administrador para enxugar custo
Cassola trouxe administrador para enxugar custo
Helvio Romero/Estadão
“A nossa situação é boa, mas para não pagar para ver eu resolvi aumentar o controle. Demiti cinco funcionários operacionais e contratei dois administradores. A função deles é enxugar custos, pra gente manter um caixa dentro da empresa”, diz.

De acordo com especialistas, o temor de Felipe Cassola tem fundamento. Segundo a gerente sênior da área de advisory da BDO, Romina Lima, o desaquecimento da economia, associado ao aumento da carga tributária, está consumindo o caixa das corporações brasileiras. “Muitas empresas estão com dificuldade de pagar sua operação”, diz ela, que aponta também como ponto crítico a dificuldade de acesso ao crédito via mercado financeiro, o que poderia aliviar as finanças neste momento. “Com os maiores riscos de inadimplência e o rebaixamento do rating do Brasil, as taxas cobradas para obtenção de empréstimos em bancos têm apresentado forte crescimento”, conta a executiva.

Segundo dados do Banco Central, entre abril de 2013 e 2015, a taxa de juros para financiamento a empresas cresceu de 14,60% para 17,10%, sendo que para o segmento de pessoa física o incremento foi de 8% para 9,3%. “Para o empresário, essa maior dificuldade para obter capital de giro e financiamento tem prejudicado sua capacidade de pagamento e reduzido significativamente a liquidez”, afirma Romina.

Prazo esticado. Para tentar se adequar ao momento, Marcelo dos Santos, sócio da startup de gestão financeira para pequenas empresas ContaAzul, diz que os empreendedores começaram a impor prazos mais curtos para recebimento de clientes, assim como estão negociando prazos mais longos com fornecedores. “É uma estratégia para tentar segurar o dinheiro por um período dentro da empresa”, conta ele.
Ontem, a ContaAzul divulgou um levantamento, realizado com 1,25 mil empresas, apontando que 60% dos negócios fizeram empréstimos nos últimos dois anos. Desse montante, 82% usaram o dinheiro para manter o capital de giro.

Problema que Ivone Maghidman conhece bem. “É pegar dinheiro no banco ou não pagar as contas”, conta a dona da Kimagem, que produz jogos americanos personalizados para restaurantes e cozinhas industriais. “Eu já cheguei a ter uma reserva de R$ 80 mil, mas precisei queimar tudo”, conta ela, que além de tomar R$ 30 mil no banco, fechou o escritório e voltar a trabalhar em um espaço atrás de sua casa.

http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,crise-seca-capital-de-giro-de-empresas,6285,0.htm

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Cresce inadimplência de empresas brasileiras.

Conjuntura / 30 mar 2016

Pesquisa realizada pelo SPC em fevereiro apontou o crescimento do número de empresas inadimplentes no Brasil. Os dados apontam que a Região Nordeste teve um aumento de 16,59% na comparação com o mesmo mês de 2015, ficando atrás as regiões Centro-oeste (15,81%), Norte (11,29%) e Sul (10,89%).

Para a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), gestora do SPC, o indicador mais preocupante do levantamento diz respeito ao fato dos setores credores que concentram a maior parte das dívidas de pessoas jurídicas, ou seja, para quem as empresas estão devendo, serem o de serviços e o comércio. 

Na Região Sul, por exemplo, 72,40% dos débitos não quitados são com o setor de serviços.
– Vemos um fenômeno complicado neste processo, pois representa o crescimento da taxa de inadimplência entre empresas. Isso reflete a piora do cenário econômico, retratando o período de recessão pelo qual estamos passamos – aponta o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
 

Para ele, o decréscimo do consumo das famílias está afetando o faturamento das empresas e sua capacidade de honrar com seus compromissos.
– Mais importante se faz que empresários, trabalhadores e a sociedade em geral reajam diante da situação atual do país, que desagrada a todos. 


Por meio da campanha de mobilização intitulada “Salve o Brasil”, a FCDL-RS está fortemente empenhada em defender bandeiras que evitem esse tipo de situação, lutando por menos impostos, mais investimentos em saúde, educação e segurança, além da promoção da livre iniciativa. Só assim poderemos ver o quadro recessivo atual, que afeta os cidadãos e as empresas, ser revertido – salienta Vitor Koch.
 

A Região Nordeste também lidera o crescimento no número de dívidas de pessoas jurídicas, com um aumento de 20,45% na comparação com fevereiro de 2015. Na Região Sul, a elevação foi de 14,88%. 

http://www.monitormercantil.com.br/cresce-inadimplencia-de-empresas-brasileiras/