segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Dólar dispara cerca de 2% e se aproxima de R$3,90, por turbulências políticas. 

Moeda norte-americana atingiu 3,9237 reais na máxima da sessão, maior nível intradia desde 29 de outubro.
Às 15:43, o dólar avançava 1,98 por cento, a 3,8990 reais na venda
Às 15:43, o dólar avançava 1,98 por cento, a 3,8990 reais na venda
Foto: Reuters

SÃO PAULO - O dólar voltou a disparar cerca de 2 por cento nesta quinta-feira, perto de 3,90 reais, com investidores correndo para a segurança da moeda norte-americana diante de preocupações com o impacto da prisão do ex-presidente do BTG Pactual, André Esteves, sobre o mercado doméstico e com possíveis desdobramentos para o quadro político brasileiro.

Às 15:43, o dólar avançava 1,98 por cento, a 3,8990 reais na venda. A moeda norte-americana atingiu 3,9237 reais na máxima da sessão, maior nível intradia desde 29 de outubro, quando foi a 3,9574 reais.
No fim de semana, Esteves renunciou a todos os seus cargos no BTG após o Supremo Tribunal Federal (STF) mantê-lo preso por tempo indeterminado por suspeita de obstrução da operação Lava Jato, que investiga escândalo bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras.

A preocupação é de que mais denúncias possam surgir no campo político ou que o próprio BTG seja muito afetado, o que poderia obrigá-lo a desmontar posições no mercado e, assim, afetar a liquidez. Novas denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também se somavam ao quadro de incertezas.
"A volatilidade é a regra, não dá para ter grandes certezas", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Investidores também adotavam cautela antes da votação da meta de resultado primário deste ano, marcada para terça-feira no Congresso Nacional, em meio a turbulências após a prisão do ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS).

O dólar operou em alta durante toda a sessão, mas chegou a apresentar avanços bem menores na parte da manhã, batendo na mínima de 3,8347 reais do dia. Operadores atribuíram a volatilidade matutina à briga pela formação da Ptax de novembro, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais.
Outro motivo que teria levado o dólar a afastar-se das máximas do dia foi a atuação do Banco Central, embora esse movimento não tenha se sustentado pela tarde. A autoridade monetária fez nesta tarde leilão de venda de até 2,75 bilhões de dólares com compromisso de recompra, com fim de rolar as linhas que vencem em dezembro.

Além disso, o BC também dará início na terça-feira à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, sinalizando que deve repor integralmente os contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
"O BC adotou a atitude correta. Ele quer evitar que o mercado engrene em um círculo vicioso de pessimismo como aquele que vimos há alguns meses", disse o operador de um banco internacional, referindo-se à escalada da moeda norte-americana em agosto e setembro, que levou o BC e o Tesouro Nacional a atuarem de forma conjunta no mercado.

Reuters
http://www.dci.com.br/financas/dolar-dispara-cerca-de-2-para-r$-3,89-por-turbulencias-politicas-id512679.html

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Inadimplência no mercado de crédito brasileiro sobe a 5% em outubro, diz BC.
 

O estoque total de crédito no país teve recuo de 0,1% contra o mês anterior, a R$ 3,157 tri, equivalente a 54,7% do PIB.

Inadimplência no mercado de crédito subiu a 5%
Inadimplência no mercado de crédito subiu a 5%
Foto: Divulgação
BRASÍLIA - A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres subiu a 5 por cento em outubro, contra 4,9 por cento em setembro, informou o Banco Central nesta sexta-feira.
O estoque total de crédito no país, que também inclui o segmento de recursos direcionados, teve recuo de 0,1 por cento contra o mês anterior, a 3,157 trilhões de reais, equivalente a 54,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
(Por Marcela Ayres)

Reuters
http://www.dci.com.br/financas/inadimplencia-sobe-a-5-em-outubro,-diz-bc-id512247.html

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Boa Vista: demanda do consumidor por crédito sobe 0,4% em outubro ante setembro.

No acumulado dos dez primeiros meses do ano, há retração de 7,7% ante igual intervalo de 2014.

Na comparação com outubro do ano passado, houve queda de 0,6%
Na comparação com outubro do ano passado, houve queda de 0,6%
Foto: Fotos Públicas

SÃO PAULO - A demanda do consumidor por crédito cresceu 0,4% em outubro ante setembro, descontados os efeitos sazonais, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC. Na comparação com outubro do ano passado, houve queda de 0,6%. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, há retração de 7,7% ante igual intervalo de 2014. Em 12 meses, a procura registra baixa de 8,3%.

Considerando os segmentos que compõem o indicador, a demanda nas instituições financeiras caiu 7,7% em outubro, na margem, enquanto para o segmento não financeiro houve avanço de 5,9%. Na variação anual, as taxas foram de queda de 3,6% e alta de 1,5%, respectivamente.

Na avaliação da instituição, o consumidor tem sido mais cauteloso em tempos de incerteza econômica e, como consequência, a demanda por crédito vem desacelerando gradativamente desde meados de 2014. 

"Ademais, os fatores macroeconômicos também têm contribuído decisivamente para piora do índice ao longo dos últimos meses. Alta das taxas de juros, inflação consistentemente elevada e piora do mercado de trabalho são apenas algumas das variáveis condicionantes deste cenário", diz o relatório da Boa Vista.

O indicador da Boa Vista é elaborado a partir da quantidade de consultas de CPF à base de dados da empresa. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/financas/demanda-do-consumidor-por-credito-sobe-0,4-em-outubro-id511957.html

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Dívida líquida das empresas avançou 43,4% no 3º tri com pressão cambial.

Endividamento alcançou R$ 1,026 trilhão, segundo a Economatica; oscilações futuras do dólar podem influenciar ainda mais as obrigações das firmas de capital aberto sem contrato de hedge.

 

São Paulo - A alta do dólar pressionou o endividamento líquido das empresas brasileiras de capital aberto no terceiro trimestre deste ano. No período, a dívida das companhias cresceu 43,4%, ante terceiro trimestre de 2014, alcançando montante de R$ 1,026 trilhão.
Como grande parte das empresas listadas Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) ainda não possui contratos de hedge cambial (proteção), oscilações futuras do dólar podem influenciar ainda mais o endividamento das companhias, avalia Alexandre Wolwacz, sócio-fundador da Escola de Investimento Leandro & Stormer.

O número de R$ 1,026 trilhão, levantado pela empresa de informações financeiras Economatica, inclui o desempenho de 218 companhias de capital aberto, além dos balanços da Petrobras, Vale e Eletrobras. Retirando essas três da conta, a dívida líquida cai para R$ 487,34 bilhões, alta de 30,5% ante terceiro trimestre de 2014.
Para especialistas, o dólar é o principal fator de expansão do endividamento das companhias. De setembro de 2014 a setembro de 2015, por exemplo, a valorização do dólar frente ao real foi de 62,04%, saindo de um patamar de R$ 2,45 para R$ 3,97%, no período.

De julho a setembro deste ano, o câmbio também sofreu forte oscilação, indo de R$ 3,14 para R$ 3,96, valorização de 26,11% em relação a moeda nacional.
"Há um grupo grande de empresas listadas na Bolsa que não estão protegidas através de contratos de hedge, o que traz riscos para o desempenho delas. Pois, quando o dólar sobe, a dívida das companhias se eleva em proporção parecida. Em um momento em que as companhias estão produzindo menos em reais, o cenário se agrava. É preciso de mais reais para arcar com a dívida em dólar", diz Wolwacz.
"Essa avaliação não inclui, entretanto, as empresas exportadoras, que já possuem dólar em seu fluxo de caixa", acrescenta o especialista.
Para Wolwacz, o câmbio ainda é um risco para empresas, apesar da estabilidade deste trimestre. "Ainda que o câmbio esteja mais estável nesse mês, é importante que as empresas estejam protegidas para evitar maiores prejuízos no futuro. Há uma expectativa, por exemplo, de retorno da alta da moeda estrangeira no primeiro trimestre de 2016", especula.

Estresse no mercado
Alexandre Espírito Santo, professor de finanças do Ibmec do Rio de Janeiro e economista da Órama, diz que qualquer estresse no mercado pode, de fato, pressionar mais o endividamento das companhias ainda neste ano.
Porém, avalia que a "grande oscilação" do dólar já passou e que, até o final de dezembro, a tendência é de estabilidade (alcançando R$ 3,80 em sua projeção). "Por isso, acredito que o grande prejuízo da variação cambial no balanço das empresas já ocorreu. O endividamento delas tende a se manter no mesmo patamar até o final do ano", afirma.
"Contudo, um aumento da taxa de juros norte-americana ou um outro rebaixamento de nota de crédito do País, por exemplo, pode elevar o nível de endividamento das companhias, colocando em risco também o lucro das mesmas", contrapõe o professor. Ontem, o dólar fechou em R$ 3,73.

Lucro
A variação cambial foi, inclusive, um dos principais fatores de queda do lucro (-81,1) de 218 companhias de capital aberto no terceiro trimestre de 2015, ante o mesmo período do ano passado.
De julho a setembro deste ano, o lucro das companhias somou R$ 2,37 bilhões. Nos mesmos meses de 2014, essas acumularam R$ 12,55 bilhões.
As despesas com juros e variação cambial derrubaram o resultado. Esses gastos cresceram 151% no terceiro trimestre deste ano, ante igual período de 2014, saltando de R$ 26,23 bilhões para R$ 65,85 bilhões.

Colocando na conta os resultados da Petrobras, Vale e Eletrobras, as despesas com juros e variação cambial sobem para R$ 121,85 bilhões entre julho e setembro de 2015, alta de 206,6% em relação ao montante registrado no ano passado.
"O avanço do dólar foi tão intensa que elevou consideravelmente as despesas financeiras das companhias", comenta Einar Rivero, gerente de relacionamento Institucional da Economatica.

Paula Salati
http://www.dci.com.br/economia/divida-liquida-das-empresas-avancou-43%2C4-no-3%C2%BA-tri-com-pressao-cambial-id511224.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Entre 12 maiores economias, Brasil será a única em recessão.

Rio de Janeiro
Entre as 12 maiores economias e blocos econômicos do mundo, país é o único que deve registrar queda do PIB no ano que vem
Fernando Nakagawa, do Estadão Conteúdo
Correspondente, do Estadão Conteúdo

Londres - Entre as 12 maiores economias e blocos econômicos do mundo com previsões no novo relatório "Global Economics Analyst" produzido pelo Goldman Sachs, o Brasil é o único que deve registrar queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Para o banco, todos os demais países devem ter crescimento no próximo ano. Até mesmo a Rússia - país que divide com o Brasil o posto de pior desempenho do G-20 - voltará a registrar expansão no próximo ano.

De acordo com o relatório divulgado na última semana em Londres, a economia brasileira seguirá em recessão mesmo no ano da Olimpíada no Rio de Janeiro, quando terá contração de 1,6%.
A Rússia, país que deve ter contração do PIB de 3,5% neste ano, caminha para a recuperação e deve ter expansão da economia de 1,5% no próximo ano, prevê o banco. Outros grandes emergentes terão desempenho muito superior ao esperado para o Brasil: Índia terá avanço de 7,8% e China, 6,4%.
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No grupo dos desenvolvidos, não há nenhum país com números negativos. Os Estados Unidos devem crescer 2,2% em 2016, o Japão terá avanço de 1% e o conjunto da zona do euro, 1,7%, prevê o Goldman Sachs. Entre os europeus, o crescimento deverá ser liderado pelo Reino Unido (+2,7%) seguido pela Espanha (2,5%), Alemanha (+1,8%), Itália (+1,6%) e a França (+1,4%).

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-sera-unico-em-recessao-em-2016-aponta-goldman-sachs

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Desembolsos do BNDES somam R$105,5 bi até outubro, queda de 28%.

Aprovações de empréstimos, no valor de R$ 81 bilhões, caíram 46%, mesmo percentual de recuo das consultas.

Setor de infraestrutura foi o que mais demandou financiamentos do BNDES e recebeu R$ 40,8 bilhões
Setor de infraestrutura foi o que mais demandou financiamentos do BNDES e recebeu R$ 40,8 bilhões
Foto: Dreamstime
SÃO PAULO - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram 105,5 bilhões de reais entre janeiro e outubro deste ano, queda de 28 por cento na comparação com o mesmo período de 2014, informou a instituição nesta quinta-feira.

As aprovações de empréstimos, no total de 81 bilhões de reais, recuaram 46 por cento, mesmo percentual de redução das consultas, que totalizaram 108,6 bilhões de reais. No período, o setor de infraestrutura, foi o que mais demandou financiamentos do banco e recebeu 40,8 bilhões de reais.

Reuters
http://www.dci.com.br/financas/desembolsos-do-bndes-caem-28-ate-outubro,-para%C2%A0r$-105,5-bi-id510463.html

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Atividade econômica do Brasil encolhe pelo quarto trimestre seguido, mostra BC.

IBC-Br registrou recuo de 0,50 por cento em setembro, depois de cair 0,76 por cento em agosto.

dinheiro cédulas crédito inflação financiamento endividamento inadimplência
Dinheiro cédulas crédito inflação financiamento endividamento inadimplência
Foto: Frederico Cardoso/Dreamstime
SÃO PAULO - A atividade econômica brasileira encerrou com contração de 1,41 por cento o terceiro trimestre, o quarto seguido de perdas num ambiente de incertezas fiscais e políticas no país.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta quarta-feira, espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou recuo de 0,50 por cento em setembro, depois de cair 0,76 por cento em agosto, segundo dados divulgados pelo BC nesta quarta-feira.
O resultado de setembro, o quarto mês seguido de perdas este ano na base mensal, foi levemente melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters com analistas, de queda de 0,60 por cento.

O terceiro trimestre é o quarto seguido em que o IBC-Br mostra recuo, após taxas negativas de 2,09 por cento no segundo, 1,05 por cento no primeiro e de 0,50 por cento no quarto trimestre de 2014.
O BC ainda apontou que o IBC-Br caiu 5,85 por cento em setembro sobre o mesmo mês do ano passado, chegando a uma queda acumulada de 3,37 por cento no ano e de 2,73 por cento em 12 meses, sempre em números dessazonalizados.

O resultado aprofunda ainda mais o cenário de recessão do país, na qual o Brasil entrou no segundo trimestre, quando encolheu 1,9 por cento sobre os três meses anteriores segundo os dados do IBGE.
Nesse ambiente, os resultados negativos de vários setores da atividade vêm se repetindo de forma recorrente, somando-se aos juros e inflação altos, piora do mercado de trabalho e confiança em deterioração diante das incertezas políticas.
Em setembro, a produção industrial registrou queda de 1,3 por cento sobre agosto, pior resultado para o mês na série histórica, enquanto as vendas no varejo recuaram 0,5 por cento.

Segundo a pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, a expectativa é de que o PIB registre contração de 3,10 por cento este ano, com a fraqueza avançando para 2016, quando a queda esperada é de 2 por cento.
O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, assim como o impacto dos impostos sobre os produtos.

Reuters
http://www.dci.com.br/economia/atividade-economica-encolhe-pelo-4%C2%BA-trimestre-seguido,-diz-bc-id510111.html

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Câmbio para fim de 2015 cai de R$ 4,00 para R$ 3,96, prevê Focus.

Para o encerramento de 2016, a mediana das estimativas para o dólar seguiu em R$ 4,20.

Funcionária conta notas de dólar norte-americano em casa de câmbio em Hanói
Funcionária conta notas de dólar norte-americano em casa de câmbio em Hanói
Foto: Reuters
BRASÍLIA - O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 16, pelo Banco Central trouxe uma queda das previsões para a cotação do dólar depois de uma semana de estabilidade. De acordo com o boletim, a moeda deve chegar ao final deste ano comercializada a R$ 3,96 e não mais a R$ 4,00 como era o esperado até a semana passada e também um mês antes. Com isso, o câmbio médio de 2015 caiu de R$ 3,40 para R$ 3,39 - quatro edições da pesquisa atrás, a mediana das expectativas estava em R$ 3,41.
Para o encerramento de 2016, a mediana das estimativas para o dólar seguiu em R$ 4,20 de uma semana para outra. Há quatro edições do Focus a perspectiva era de uma cotação de R$ 4,13. Já o ponto central da pesquisa para a cotação média de 2016 diminuiu de R$ 4,11 para R$ 4,08 de uma semana para outra. Um mês antes, a mediana estava em R$ 4,03.

Superávit comercial
O Relatório Focus voltou a trazer melhoras das estimativas do mercado financeiro para o setor externo. No caso da balança comercial, a mediana das projeções para 2015 subiu de US$ 14,60 bilhões para US$ 14,95 bilhões de uma semana para outra. Quatro boletins atrás, estava em US$ 13,20 bilhões.
Para 2016, o ponto central da pesquisa também foi deslocado de US$ 29,00 bilhões para US$ 30,55 bilhões - quatro edições atrás do documento, estava em US$ 25,00 bilhões.
As previsões para a conta corrente, por sua vez, passaram por ajustes para baixo ante a semana anterior. No caso de 2015, passou de US$ 65,00 bilhões, mesma previsão apontada um mês antes - para US$ 64,85 bilhões. Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo diminuiu de US$ 42,55 bilhões para US$ 40,95 bilhões - um mês antes estava em US$ 47,75 bilhões.
Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) subiu de US$ 62,30 bilhões para US$ 62,80 bilhões para 2015, mas caiu de US$ 60 bilhões para US$ 58 bilhões no caso de 2016, após quatro semana de estabilidade.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/cambio-para-fim-de-2015-cai-de-r$-4,00-para-r$-3,96,-preve-focus-id509477.html

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

BNDES tem alta de 62% no lucro do 3º tri a R$3,1 bi.

Intermediação financeira impactou positivamente no resultado, segundo o banco.


Sede do BNDES (à direita) no centro do Rio de Janeiro.
Sede do BNDES (à direita) no centro do Rio de Janeiro.
Foto: Reuters
SÃO PAULO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta sexta-feira lucro de 3,1 bilhões de reais no terceiro trimestre, alta de 62 por cento sobre um ano antes.
Segundo o banco de fomento, a melhora do resultado final de julho a setembro foi influenciado, entre outras coisas, pelo aumento do resultado de intermediação financeira.

Reuters
http://www.dci.com.br/financas/bndes-tem-alta-de-62-no-lucro-do-3%C2%BA-tri-a-r$3,1-bi-id509061.html

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Inadimplência de empresas de emergentes deve aumentar para 7% em 2016, diz Barclays.

Patamar seria quase o dobro dos níveis registrados neste ano com um cenário global difícil para crédito.
Barclays disse que a inadimplência de dívidas dos últimos 12 meses para empresas de mercados emergentes com classificações ruins agora está em 3,8%
Barclays disse que a inadimplência de dívidas dos últimos 12 meses para empresas de mercados emergentes com classificações ruins agora está em 3,8%
Foto: Forest Path/Dreamstime
LONDRES - A taxa de inadimplência de empresas de países emergentes pode atingir 7 por cento até o fim de 2016, quase o dobro dos níveis deste ano, diante de um cenário global mais difícil para financiamentos, segundo o banco de investimentos Barclays.

Empresas que embarcaram numa farra de empréstimos durante os anos de crédito fácil após 2009 enfrentam um aumento nos custos dos financiamentos conforme o Federal Reserve se prepara para elevar as taxas de juros dos Estados Unidos. O aumento chegará quando dívidas assumidas por volta de 2010 começarem a vencer.

Em uma nota recebida nesta terça-feira, o Barclays disse que a inadimplência de dívidas dos últimos 12 meses para empresas de mercados emergentes com classificações ruins agora está em 3,8 por cento, após subir de maneira constante desde a mínima recorde de 0,7 por cento atingida em 2011.

O banco vê o índice em 6,5 a 7 por cento até o fim de 2016.
"O aumento do Fed deve manter a volatilidade de câmbio elevada; os preços das commodities devem seguir sob pressão; as condições bancárias para empréstimos em mercados emergentes podem ficar mais difíceis. 

Acreditamos que estes fatores, junto com alto custo de financiamento, contribuirão para taxas de inadimplência maiores nos emergentes em 2016", disse o Barclays.

Reuters
http://www.dci.com.br/internacional/inadimplencia-de-empresas-de-emergentes-deve-aumentar-para-7-em-2016,-diz-barclays-id508184.html

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Trabalhador por conta própria ganha força, mas informalidade aumenta.

Mais de 22 milhões de brasileiros têm empreendimentos sem empregados remunerados. Quase um milhão de pessoas entraram no setor, que surge como uma alternativa ao emprego formal.


São Paulo - O número de brasileiros que tem seu próprio empreendimento e não conta com empregados aumentou quase um milhão durante o último ano. Já são mais de 22 milhões de conta própria no País.
O segmento teve expansão de 4,4% em 12 meses, levando a quantidade de brasileiros que trabalham por conta a 22,1 milhões no trimestre encerrado em agosto. Em igual período de 2014, 21,2 milhões de pessoas se encontravam nessa situação. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Esse aumento está ligado ao processo migratório de pessoas que eram trabalhadores com carteira, deixaram o mercado formal e abriram seus empreendimentos. Há uma migração da formalidade para a informalidade", comentou Cimar Azeredo, coordenador no IBGE.

A quantidade de trabalhadores com carteira assinada caiu 3% em um ano, o que significa o fechamento de 1,09 milhão de vagas formais em doze meses. No trimestre encerrado em agosto deste ano, 35,5 milhões de brasileiros estavam nessa situação.
Para Antonio Carlos Alves dos Santos, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), "esse aumento [da informalidade] é negativo pois, como não há recolhimento de tributos, há impacto na arrecadação e, para a previdência, isso é uma grande tragédia". Ele ponderou, porém, que "nem todo o conta própria trabalha informalmente".
Santos considera que "em uma análise otimista, pode-se pensar que existem algum novos empreendimentos que começam pequenos e informais e, depois, se transformam e crescem". Mas completou que "no geral, isso não costuma acontecer". Ele disse que "é complicado passar para a formalidade no Brasil" e que "não há incentivo para isso, principalmente por causa da carga tributária e da burocracia envolvidas". Santos concluiu: "se você cria o hábito de viver na informalidade, é difícil mudar mais tarde".
Cimar Azeredo falou também ao DCI sobre as áreas com presença mais destacada dos conta própria no País. "O maior número está no comercio, com 4,6 milhões. Depois, aparecem a área agrícola, com 4,5 milhões e a de construção, com 3,6 milhões. Proporcionalmente, há maior presença na área de construção, com os conta própria representando 50% do contingente".

Ao mesmo tempo, segundo o IBGE, a renda média dos conta própria baixou para R$ 1.425 no trimestre encerrado em agosto, queda de 1,8% em um ano. O rendimento é inferior ao dos trabalhadores com carteira assinada (R$ 1.794), servidores do setor público (R$ 2.817) e dos empregadores, os patrões (R$ 5.048). Procurar um trabalho e não encontra-lo já é parte da rotina de 8,8 milhões de brasileiros, um crescimento de 29,6% na comparação entre os trimestres encerrados em agosto deste ano e de 2014.
A taxa de desemprego chegou a 8,7% no oitavo mês de 2015, ante 6,9% em igual período do ano passado. E esse aumento também está ligado à expansão dos conta própria.

Desemprego
"Você perde seu emprego com carteira e abre o seu próprio empreendimento, ficando sem plano de saúde e outros benefícios e com um salário menor. Isso faz com que seu filho ou sua mulher passe a buscar emprego também. Ou seja, essa perda de estabilidade faz com que mais pessoas entrem no mercado de trabalho, principalmente para compor a renda familiar", concluiu Azeredo.

Renato Ghelfi

http://www.dci.com.br/economia/trabalhador-por-conta-propria-avanca,-mas-informalidade-sobe-id507728.html

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Com juros a 263%, mais da metade de pequeno negócio usa cheque especial.

Desconhecimento do mercado financeiro leva os empresários às linhas de crédito mais caras; a principal modalidade de financiamento utilizada, contudo, é o pagamento a prazo do fornecedor.




São Paulo - Mesmo com uma taxa média de 263,7% ao ano, mais da metade (55%) dos pequenos negócios usa ou já utilizou o cheque especial em nome da pessoa física, aponta pesquisa divulgada pelo Sebrae.
De acordo com o estudo, 29% dos microempreendedores individuais (MEI) e das micro e pequenas empresas também usa o cheque especial corporativo, que possui juros de 243,1% ao ano, para financiar o empreendimento.
Uma parcela dessas empresas utiliza ainda o cartão de crédito e corre o risco de entrar no rotativo, linha emergencial que possui os juros mais altos do mercado. Segundo o levantamento, 70% dos negócios usa o plástico como pessoa física e 28% em nome da pessoa jurídica.
Alexandre Comin, gerente de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, explica que o pequeno negócio tem "fome de crédito", mas muitas vezes trabalha com o instrumento inadequado, como o cheque especial e o cheque pré-datado - 46% das firmas utilizam essa modalidade de empréstimo.
Um dos motivos para isso, segundo ele, é o desconhecimento do mercado financeiro. "Falta uma conscientização maior. Muitos empresários restringem o conceito de crédito a pegar dinheiro emprestado no banco, por exemplo", apontou o gerente do Sebrae.
O levantamento mostra que o tipo de financiamento mais utilizado pelos micro e pequenos empresário é o pagamento do fornecedor a prazo - 67% das empresas afirmam que usam da modalidade de crédito. Dinheiro com os amigos e familiares (13%) e empréstimos com agiotas (4%) também entram na conta.
De acordo Ricardo Couto, mestre em Finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), os pequenos negócios têm dificuldade em separar a contabilidade pessoal da empresarial e, em momentos de aperto, acabam recorrendo aos recursos de mais fácil acesso, como as linhas pré-aprovadas - o cheque especial entre elas.
"Essas empresas dificilmente tem um plano de negócio. O foco é a própria operação: ele está preocupado em melhorar produto e atender bem o cliente, e o conhecimento financeiro acaba sendo deixado de lado", afirmou Couto.

Pessoa física x jurídica
Comin apontou ainda que o processo de metamorfose de muitos empreendedores registrados apenas como pessoa física para pessoa jurídica, principalmente como MEI, é muito recente no Brasil e, no caso do sistema bancário, o amadurecimento é mais lento.
"O banco é mais exigente na concessão de crédito para pessoa jurídica, no caso desses empresários. Como pessoa física, ele possui um histórico com a instituição e fica mais fácil de fazer a análise de risco de crédito", avaliou o gerente.
A pesquisa do Sebrae aponta que apenas 54% dos MEI que tomaram empréstimos o fizeram como PJ. "A maioria dos MEI tem algum tipo de crédito, mas, normalmente, não é bancário, o que mostra que as instituições financeiras estão perdendo oportunidades", disse.
Segundo o estudo, muitos dos empresários também não têm contato com outros produtos bancários, mesmo como PF - 28% não usam caixa eletrônico e 67% não utilizam o internet banking, por exemplo.

Modalidades
Entre os pequenos negócios que procuraram crédito, 58% buscaram capital de giro e 31% financiamento de compra de mercadoria pra revenda. Para Couto, a queda brusca da atividade econômica forçou as empresas ao crédito. "É difícil para a empresa diminuir o ritmo na mesma velocidade que a atividade caiu", analisou.
Ainda de e acordo com o levantamento, a principal dificuldade para obter um novo empréstimo foi a taxa de juros alta: 51% apontaram o motivo. Dos que conseguiram o financiamento, o dinheiro liberado foi, em média, 10,7% menor que o solicitado: enquanto os empresários pediram, na média, R$ 35, mil, as instituições financeiras liberaram R$ 29 mi aos tomadores.

Pedro Garcia
http://www.dci.com.br/financas/-com-juros-a-263%2C-mais-da-metade-de-pequeno-negocio-usa-cheque-especial-id507347.html

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Confiança do micro e pequeno empresário aumenta em outubro, diz SPC.

Apesar do avanço em relação a setembro, índice segue abaixo do nível considerado neutro; maior parte continua pessimista.


Microempresários utilizam grande volume de dados fora do  negócio
Microempresários utilizam grande volume de dados fora do negócio
Foto: Dreamstime
SÃO PAULO - A confiança do micro e pequeno empresário brasileiro na economia mostrou leve avanço em outubro, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE), calculado pela instituição, registrou 38,72 pontos no décimo mês do ano, ante 37,62 pontos em setembro.
Apesar da ligeira alta, o índice segue abaixo do nível considerado "neutro" de 50 pontos. A maior parte dos empresários consultados continua pessimista em relação ao ambiente econômico do País, com 85% deles acreditando que as condições econômicas se deterioraram nos últimos seis meses. 
Para 31% dos MPEs consultados, o cenário econômico vai mostrar recuperação em um futuro breve. Quase metade dos empresários (47,13%) também afirma estar confiante com a própria empresa.

Cenário
O Indicador de Condições Gerais, que mede a percepção do empresário em relação à trajetória da economia e de seu negócio nos últimos seis meses, registrou, em outubro, 23,34 pontos, pouco acima do verificado em setembro, quando ficou em 22,82 pontos. O resultado indica, de acordo com o SPC Brasil, que a maior parte dos empresários faz uma avaliação pessimista dos últimos seis meses.
Quando analisadas as Condições Gerais da Economia, o indicador aponta 17,30 pontos em outubro, ante 17,36 pontos no mês anterior. O indicador de Condições Gerais do Negócio sobre os últimos seis meses também é negativo, ainda que moderado, com 29,38 pontos, contra 28,28 pontos em setembro.
"Os dados evidenciam que a crise econômica é percebida pelos micro e pequenos varejistas e já afeta os negócios", diz o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, em nota. "A situação econômica do País ainda não apresentou sinais de recuperação nos últimos meses, e a confluência negativa dos principais indicadores econômicos tem resultado no pessimismo dos empresários", continua.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados apresentam um cenário recessivo e pouco animador para os empresários. "O governo e o mercado preveem uma queda do PIB brasileiro próxima de 3% em 2015 e para o próximo ano ainda não há perspectiva de retomada vigorosa", analisa, também no comunicado.

Negócios
A percepção dos MPEs sobre como serão os próximos seis meses para os seus negócios também foi analisada no levantamento. Em outubro, o Indicador de Expectativas registrou 50,25 pontos, acima dos 48,71 pontos verificados em setembro.
Quando questionados sobre o que acreditam que acontecerá com o faturamento de sua empresa nos próximos seis meses, boa parte dos empresários não conta com quedas: para 41,1%, o faturamento permanecerá no mesmo nível; outros 32,6% acreditam que ele poderá crescer e 23,4% acreditam que suas receitas irão cair.
Já o subindicador de Expectativas para a Economia registrou 43,90 pontos em outubro, frente aos 41,28 pontos de setembro.

Da redação
http://www.dci.com.br/economia/confianca-do-micro-e-pequeno-empresario-aumenta-em-outubro-id506821.html

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Inadimplência do consumidor em SP sobe 1,7% em setembro, diz Boa Vista/SCPC.

índice subiu 0,3% no País e 1,1% na região sudeste; Número de devedores no Estado de São Paulo ficou estável

Inadimplência do consumidor em SP sobe 1,7% em setembro, diz Boa Vista/SCPC
Inadimplência do consumidor em SP sobe 1,7% em setembro, diz Boa Vista/SCPC
Foto: Dreamstime
SÃO PAULO - A inadimplência do consumidor na cidade de São Paulo subiu 1,7% em setembro ante o mesmo mês de 2014, de acordo com dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Na mesma base de comparação, o índice subiu 0,3% no País e 1,1% na região Sudeste. O número de inadimplentes no Estado de São Paulo ficou estável.
Na variação em 12 meses, constatou-se queda de 5,7% na inadimplência na cidade de São Paulo. Houve quedas menores no Estado de São Paulo (-0,7%) e na região Sudeste (-0,3%), mas em todo o País a inadimplência subiu 1,1%.
Já o acumulado do ano na cidade de São Paulo apresentou recuo de 6,3% em relação ao mesmo período de 2014. As quedas foram menores no Estado de São Paulo (-1,7%) e na região Sudeste (-0,6%). No País, houve alta de 1,1% no registro de inadimplentes.

Recuperação de crédito
O indicador de recuperação de crédito do consumidor na cidade de São Paulo, na comparação de setembro ante mesmo mês de 2014, recuou 6,2%. No Estado, a diminuição foi de 5%, enquanto o indicador apontou altas na região Sudeste (1,1%) e no País (2%).

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/inadimplencia-do-consumidor-em-sp-sobe-1,7-em-setembro-id506162.html