Com resultados negativos em 14 setores, Fiesp espera piora do cenário nos próximos meses.
INA da indústria automotiva paulista encolheu 5,8% no segundo trimestre Foto: Fotos Públicas |
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista
registrou queda de 3,3% no segundo trimestre, segundo levantamento da
Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP e
CIESP), divulgado nesta quinta-feira (30).
Com queda generalizada, atingindo 14 dos 20 setores analisados, a
perspectiva é que o cenário piore, segundo Paulo Francini, diretor do
departamento de pesquisas e estudos econômicos das entidades.
Com ajuste sazonal, o nível de atividade caiu 1,3% entre maio e junho. Na comparação sem ajuste, o indicador reduziu 2,9% sobre junho de 2014. No acumulado de 12 meses, encolheu 4,2%.
A indústria automotiva, que vem sofrendo quedas constantes, foi a mais afetada dentre todas as observadas no segundo trimestre, com variação negativa de 5,8%. Em seguida aparecem a indústria de derivados de petróleo e biocombustíveis, com queda de 4,8%, e de máquinas e equipamentos, com decréscimo de 4,1%.
Em ano difícil, com elevação da tarifa energética e de tributos, arrocho da política monetária e incerteza do cenário econômico, a perspectiva é que a indústria se enfraqueça nos próximos meses, observa Francini. "O mais dramático é que ao se olhar nos vários campos - na estrutura econômica, política, jurídica - que nos aguarda no futuro, percebe-se que vai piorar." Sobre o ano que vem, não há certezas, diz o diretor. "Se 2016 vai continuar caindo, isso só o tempo vai responder".
METALURGIA
Na metalurgia, apesar da alta no total de vendas reais (7,6%), o INA teve queda de 0,3% em junho contra maio, e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 2,9%. Em relação a junho de 2014, o nível de atividade diminuiu 7,7%.
Embora o INA do setor moveleiro tenha sido positivo no segundo trimestre, em 2,6% com ajuste, caiu 5,1% em junho sobre maio. As vendas totais, na mesma relação, tiveram decréscimo de 9,6%. O Nuci do segmento ficou 0,9% menor na comparação mensal.
Apesar de também ter apresentado números negativos na variação do segundo trimestre, de 3,9%, a indústria farmacêutica teve crescimento de 5,2% nas vendas do período e alta de 2% na passagem de maio para junho. O Nuci ficou positivo em 0,2%. Porém, as entidades estão pessimistas em relação a este segmento para segundo semestre, devido à queda constante da renda da população e ao cenário econômico instável.
VENDAS
O índice Sensor apresentou queda no item vendas na comparação entre julho e junho, na série com ajuste sazonal, de 50,7 para 48,6 pontos. Para estoque, o indicador subiu de 41,8 para 48,0 pontos. As pontuações de mercado, emprego e investimento tiveram estabilidade.
Luana Meneghetti
http://www.dci.com.br/industria/atividade-da-industria-paulista-apresenta-queda-de-3,3-no-segundo-trimestre-id485503.html
Com ajuste sazonal, o nível de atividade caiu 1,3% entre maio e junho. Na comparação sem ajuste, o indicador reduziu 2,9% sobre junho de 2014. No acumulado de 12 meses, encolheu 4,2%.
A indústria automotiva, que vem sofrendo quedas constantes, foi a mais afetada dentre todas as observadas no segundo trimestre, com variação negativa de 5,8%. Em seguida aparecem a indústria de derivados de petróleo e biocombustíveis, com queda de 4,8%, e de máquinas e equipamentos, com decréscimo de 4,1%.
Em ano difícil, com elevação da tarifa energética e de tributos, arrocho da política monetária e incerteza do cenário econômico, a perspectiva é que a indústria se enfraqueça nos próximos meses, observa Francini. "O mais dramático é que ao se olhar nos vários campos - na estrutura econômica, política, jurídica - que nos aguarda no futuro, percebe-se que vai piorar." Sobre o ano que vem, não há certezas, diz o diretor. "Se 2016 vai continuar caindo, isso só o tempo vai responder".
METALURGIA
Na metalurgia, apesar da alta no total de vendas reais (7,6%), o INA teve queda de 0,3% em junho contra maio, e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 2,9%. Em relação a junho de 2014, o nível de atividade diminuiu 7,7%.
Embora o INA do setor moveleiro tenha sido positivo no segundo trimestre, em 2,6% com ajuste, caiu 5,1% em junho sobre maio. As vendas totais, na mesma relação, tiveram decréscimo de 9,6%. O Nuci do segmento ficou 0,9% menor na comparação mensal.
Apesar de também ter apresentado números negativos na variação do segundo trimestre, de 3,9%, a indústria farmacêutica teve crescimento de 5,2% nas vendas do período e alta de 2% na passagem de maio para junho. O Nuci ficou positivo em 0,2%. Porém, as entidades estão pessimistas em relação a este segmento para segundo semestre, devido à queda constante da renda da população e ao cenário econômico instável.
VENDAS
O índice Sensor apresentou queda no item vendas na comparação entre julho e junho, na série com ajuste sazonal, de 50,7 para 48,6 pontos. Para estoque, o indicador subiu de 41,8 para 48,0 pontos. As pontuações de mercado, emprego e investimento tiveram estabilidade.
Luana Meneghetti
http://www.dci.com.br/industria/atividade-da-industria-paulista-apresenta-queda-de-3,3-no-segundo-trimestre-id485503.html