quarta-feira, 30 de abril de 2014

O perfil do empreendedor digital brasileiro.
Pesquisa mostra que os empreendedores se concentram nas regiões Sudeste e Sul e são, em sua maioria, homens com idade entre 25 e 40 anos. 

Camila Lam, de EXAME.com

Apuração: Camila Lam
Design: Juliana Pimenta
Fonte: e.Bricks Digital e Consumoteca

http://exame.abril.com.br/pme/noticias/o-perfil-do-empreendedor-digital-brasileiro

terça-feira, 29 de abril de 2014

O mercado de franquias no Nordeste.
Apesar de muito populosa, a região ainda não foi totalmente explorada por redes de franquias e tem boas oportunidades para empreendedores.

Priscila Zuini, de EXAME.com



Apuração: Priscila Zuini
Design: Juliana Pimenta
Fonte: ABF, ABRASCE, e IPC Marketing
Análise: Inteligência de Mercado Grupo Bittencourt

http://exame.abril.com.br/pme/noticias/o-mercado-de-franquias-no-nordeste

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O sobe e desce da inflação brasileira até março. 
IPCA foi o maior para março desde 2003 e levou o acumulado de 12 meses para 6,15%, próximo do teto da meta. 

João Pedro Caleiro, de EXAME.com


http://exame.abril.com.br/economia/noticias/o-sobe-e-desce-da-inflacao-brasileira-ate-marco

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Receita do Facebook salta 72% no 1º trimestre. 
Publicidade em dispositivos móveis ajudou empresa a faturar US$ 2,5 bilhões entre janeiro e março de 2014.

Por Agências | 23 de abril de 2014

Publicidade móvel impulsionou aumento na receita do Facebook.
FOTO: Reuters
SÃO FRANCISCO – O negócio de publicidade móvel do Facebook continuou a acelerar nos três primeiros meses do ano, ajudando a rede social a superar a receita trimestral prevista por Wall Street.

O Facebook disse nesta quarta-feira que os anúncios móveis representaram 59% de sua receita publicitária no primeiro trimestre, alta ante os 30% no mesmo período do ano passado.

A receita total do Facebook cresceu 72% na comparação anual, para US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre, acima dos US$ 2,36 bilhões esperados por analistas consultados pela Thomson Reuters I/B/E/S.

O Facebook também anunciou que o vice-presidente financeiro David Ebersman está renunciando ao cargo. Ebersman, que permanecerá na empresa até setembro, será substituído por David Wehner, vice-presidente de Finanças Corporativas e Planejamento de Negócios.

A maior rede social do mundo divulgou que seu número total de usuários mensais ativos atingiu 1,28 bilhão em 31 de março, com 1,01 bilhão desses usuários acessando seu serviço em dispositivos móveis, como smartphones e tablets.

A empresa disse que teve lucro líquido de US$ 642 milhões no trimestre, ou US$ 0,25 por ação, ante US$ 219 milhões, ou US$ 0,09 por ação, em igual período de 2013. Excluindo certos itens, o Facebook afirmou ter tido lucro de US$ 0,34 por ação no primeiro trimestre. REUTERS

http://blogs.estadao.com.br/link/receita-do-facebook-salta-72-no-1o-trimestre/

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pague Menos acelera abertura de lojas e planeja IPO.

Com a abertura do capital, o objetivo é levantar R$ 1 bilhão, que deverá ser destinado à expansão de lojas e ao projeto de internacionalização da rede.

Mônica Scaramuzzo, do ESTADÃO Conteúdo

Francisco Deusmar Queirós, dono da rede de farmácias Pague Menos: segundo ele, poderá ser aberto de 25% a 33% do capital da rede varejista de farmácia na BM&FBovespa


São Paulo -
Assediada por fundos de investimentos, a rede de Farmácias Pague Menos, com sede em Fortaleza, planeja abrir 90 lojas este ano, com investimento estimado em R$ 100 milhões.

"Temos recebido propostas de fundos, mas a Pague Menos está se preparando para abrir o capital a partir de 2015, se o cenário estiver favorável", afirmou Deusmar Queirós, fundador e presidente da rede de farmácias, ao jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o empresário, a rede contratou os bancos Credit Suisse, Itaú e Banco do Brasil para abrir o capital em 2012, mas desistiu de ir à Bolsa na época. "O mercado se retraiu e ficamos de fora. No ano que vem, os mesmos bancos vão me assessorar nessa operação", disse.
Queirós afirmou que poderá abrir de 25% a 33% do capital da rede varejista de farmácia na BM&FBovespa. Ele pretende levantar R$ 1 bilhão, que deverá ser destinado à expansão de lojas e ao projeto de internacionalização da rede. "Temos planos de abrir lojas nos Estados Unidos, mas não para agora. Pensamos entre 2016 e 2017."
Fontes do mercado financeiro confirmam o apetite de fundos de private equity pela Pague Menos e também pela mineira Araújo. "Todos olham, fazem proposta, mas os controladores não sinalizam vender", disse uma fonte.
Queirós não ignora o assédio e não descarta vender uma pequena fatia para fundos. "Neste momento, não estou conversando com ninguém. Me interessa mesmo é abrir o capital."
O empresário, que fundou a Pague Menos em 1981, é entusiasta do modelo americano de farmácias, que funciona como uma espécie de loja de conveniência. Seu modelo de lojas do Nordeste copia esse conceito de vender de tudo um pouco.

Receita
Com faturamento bruto de R$ 3,72 bilhões em 2013, crescimento de 14,5% sobre o ano anterior, a rede Pague Menos é a segunda maior do País em número de lojas, segundo o ranking da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que reúne as 29 maiores redes de varejo farmacêutico no Brasil.
O Ebidta (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 6,3% sobre o ano anterior, em R$ 262,6 milhões, segundo dados da empresa. O tíquete médio aumentou 5%, passando de R$ 40,55 para R$ 42,51. No ano passado, a rede abriu 68 pontos de venda, totalizando 648 farmácias. "Estamos geograficamente no País todo, cobrindo 260 municípios", disse Queirós.
Neste mês, a empresa inaugura seu terceiro centro de distribuição, na região metropolitana de Goiânia, com investimento de R$ 60 milhões. “Esse CD vai ser responsável pela distribuição dos produtos da rede para o Centro Oeste, Sul e Sudeste do País. Temos um centro em Pernambuco e outro no Ceará, responsável pelo Nordeste.”
Queirós está otimista com 2014, apesar do cenário de crescimento magro previsto para este ano. "Deveremos vender menos durante a Copa, mas acredito na expansão do consumo", disse.
O presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, tem uma previsão mais conservadora. Segundo ele, as vendas das redes deverão repetir, na melhor das hipóteses, o resultado de 2013, quando a receita das associadas à Abrafarma atingiu R$ 28,7 bilhões.
Segundo ele, o varejo farmacêutico seguirá movimento de consolidação e atraindo interesse de capital estrangeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/pague-menos-acelera-abertura-de-lojas-e-planeja-ipo-2?page=1

terça-feira, 22 de abril de 2014

Cresce venda de e-books no Brasil.

Os e-books devem chegar a 2,5% do total do faturamento do segmento no mercado editorial brasileiro em projeção para 2013.

Guilherme Sobota, do ESTADÃO Conteúdo

E-book em um iPad da Apple: a estimativa é de que a Amazon já ocupe 30% do mercado brasileiro, junto com a Apple, também com 30%
São Paulo - A curva de crescimento das vendas de e-books no Brasil, no primeiro ano de atuação dos grandes players internacionais (Amazon, Apple, Google, Kobo), é maior do que a curva de crescimento no mercado dos Estados Unidos na mesma situação.

Lá, em 2008, ano seguinte ao ingresso do Kindle no mercado, a venda de e-books representava 1,17% do total do mercado editorial no segmento "trade" (obras gerais, que não incluem didáticos, religiosos ou técnicos).
Em uma projeção para 2013 - dados oficiais devem ser divulgados em agosto, alguns dias antes da Bienal Internacional do Livro em São Paulo - os e-books devem chegar a 2,5% do total do faturamento do segmento no mercado editorial brasileiro.
A projeção é da edição mais recente do Global E-book Report, relatório publicado periodicamente pela empresa de consultoria alemã Rüdiger Wischenbart (RW).
O CEO do site especializado no mercado editorial Publish News, Carlo Carrenho, autor do capítulo do relatório que trata do Brasil, sinaliza na direção de um 2014 otimista para o mercado de livros digitais no País.
"A estimativa é de que a Amazon já ocupe 30% do mercado brasileiro, junto com a Apple, também com 30%", projeta Carrenho. "Google e Saraiva dividem a segunda posição com 15%, em seguida vem a Kobo, com 5% e outros players menores, também com 5%."
Uma das explicações para essa divisão - não tão comum nos outros mercados, especialmente no americano e europeu - é a alta difusão de tablets e smartphones no Brasil nos últimos meses: de acordo com dados da IDC, 7,9 milhões de tablets e 35 milhões de smartphones foram vendidos no Brasil em 2013.

A questão é que a Amazon vai começar, nos próximos meses, a vender livros físicos e outros bens materiais pelo site. Desde fevereiro de 2014, a empresa utiliza um esquema de logística próprio para importar os Kindles. Agora, já com contratos assinados com as principais editoras do País, a operação física da Amazon deve preocupar especialmente as livrarias mais tradicionais, de acordo com Carrenho.

"As vendas de livros físicos devem ajudar muito a venda de livros digitais da Amazon, mas também deve causar problemas para as livrarias tradicionais", afirma.
Outro fator que deve jogar os números de vendas de livros digitais para cima nos próximos meses é a previsão de aprovação das modificações na Lei 10.753/2010, que institui a Política Nacional do Livro. Uma das propostas é incluir "equipamentos cuja função exclusiva ou primordial seja a leitura de textos em formato digital" na lista de isenções da Lei, que isenta livros físicos.
Se essa modificação for aprovada, o preço dos leitores digitais (E-readers) deve cair vertiginosamente, porque os impostos que incidem sobre importações de aparelhos eletrônicos podem chegar a 60% do valor total, de acordo com o relatório da RW. Outro bom sinal para o mercado.
O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para 2015, que prevê a aquisição de mais de 80 milhões de livros, também incluiu obras digitais na sua seleção.
Conforme o relatório da RW, essa e outras compras do governo somam mais de 25% da receita dos editores. Sem dúvida, uma boa previsão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cresce-venda-de-e-books-no-brasil?page=2

Aplicativos de táxi já fazem marketing como gente grande.

Apps se uniram a empresas para oferecer mimos, como desconto nas corridas e ingressos para os jogos da Copa, e tentar fidelizar passageiros e taxistas

Marina Gazzoni, do ESTADÃO Conteúdo

Easy Taxi no smartphone: app firmou parceria com banco Santander em novembro de 2013
São Paulo - Quem anda de táxi em grandes cidades brasileiras assistiu a uma transformação no mercado nacional com o lançamento de aplicativos nos últimos três anos. Eles chegaram com a promessa de encontrar um carro rapidamente para os passageiros que pedissem a corrida pelo aplicativo. 
Agora os "apps" se uniram a empresas para oferecer mimos, como desconto nas corridas e ingressos para os jogos da Copa, e tentar fidelizar passageiros e taxistas.
O que as empresas de tecnologia querem com essas inovações é abocanhar uma fatia maior do mercado de táxi no País - que movimenta R$ 17 bilhões ao ano, segundo estimativas de mercado.
A primeira grande parceria fechada no Brasil foi entre o aplicativo Easy Taxi e o banco Santander, em novembro passado. O banco paga metade das corridas dos clientes de São Paulo entre 20h e 6h, desde que o pagamento seja feito com o cartão do banco cadastrado no aplicativo. A promoção vai na mesma linha do subsídio que os bancos dão para ingressos de cinema e concessão de milhas.
Os taxistas de São Paulo já tratam como certa uma reação do Itaú em parceria similar com o 99 Táxis, o principal concorrente da Easy Taxi, segundo disseram ao Estado cerca de dez motoristas. Procurado, o banco não comentou. O presidente da 99 Taxis, Paulo Veras, confirma que a empresa mantém negociações para parcerias do tipo com bancos, mas não revelou qual a instituição.
A Visa seguiu no mesmo caminho e vai sortear ingressos para jogos da Copa aos clientes que pagarem suas corridas do Easy Taxi com cartões de sua bandeira. "A promoção é uma forma de mostrar ao consumidor de que ele pode pagar o táxi com cartão. Esse segmento ainda é dominado pelos pagamentos em dinheiro", disse Renato Rocha, diretor da Visa.
Os bancos e a indústria de cartões não foram os únicos a apostar em ações de marketing com aplicativos de táxi. A Flores Online distribuiu flores para as passageiras no Dia da Mulher. E a Johnnie Walker relançou uma campanha em prol da lei seca, incentivando o uso do táxi nos fins de semana. Desde o último dia 10 até o fim de junho, a marca de uísque vai pagar até R$ 40 da conta do táxi dos clientes que usarem o Easy Taxi entre quinta e sábado, das 20h às 4h em quatro cidades.
"Temos uma equipe focada em definir parcerias. O aplicativo reúne uma base forte de passageiros e taxistas e muitas empresas querem falar com esse público", disse Tallis Gomes, presidente da Easy Taxi.
 
Motoristas
Como já existem vários aplicativos de táxi, outro desafio é fidelizar os motoristas. Foi por isso que o sistema de cobrança de tarifas dos taxistas pelo uso do aplicativo não deu certo no Brasil. A Easy Taxi, por exemplo, que cobra taxas de taxistas no exterior, tentou impor R$ 2 por corrida e teve de desistir, já que outros aplicativos não cobravam a tarifa e os taxistas davam prioridade para corridas dos concorrentes.
Além de vender seu espaço para promoções, os apps de táxi têm mais duas grandes apostas: o aplicativo para clientes corporativos e a cobrança de tarifas sobre pagamentos móveis.
O 99 Taxis e o Easy Taxi lançaram o aplicativo para empresas no início de março. Já a Wappa, que oferece pagamento de corridas via SMS, que substitui boletos de táxi desde 2005, também lançou o seu aplicativo para não perder o terreno já conquistado. "Todo mundo está olhando o mercado de aplicativo de táxi para empresas. É difícil monetizar o produto para o consumidor", disse Armindo Mota Junior, presidente da Wappa. A empresa faturou R$ 60 milhões em 2013 e tem 1.000 empresas cadastradas e uma frota de 25 mil táxis que aceitam a solução.
Outra aposta é no serviço de pagamento móvel, no qual o cliente paga o táxi pelo próprio celular usando um cartão pré-cadastrado ou serviços de pagamento online, como o Paypal. Em troca, os aplicativos ganham uma comissão pelas transações, uma lógica similar às das "maquininhas" usadas pelo varejo físico para pagamentos com cartão. 

http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/aplicativos-de-taxi-se-unem-a-marcas

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Novos drones do Google podem voar por 5 anos sem aterrissar.


Google comprou a Titan Aerospace, empresa que desenvolve drones, e deve usar sua tecnologia de aviões não tripulados que voam por até cinco anos.

Victor Caputo, de Exame.com
São Paulo – O Google anunciou hoje a compra da Titan Aerospace. Ela desenvolve drones capazes de ficar no ar por até cinco anos e voar uma distância de 4,5 milhões de quilômetros sem precisar aterrissar. Eles usam um sistema de painéis solares distribuídos em sua parte superior para transformar a energia do sol em energia para o voo.
A Titan Aerospace deve ser de grande ajuda para o Google em uma série de projetos. O principal deve ser o Loon (o projeto de levar internet a pontos afastados do planeta). O Google vem usando balões que voam na estratosfera para transmitir sinais de internet. Com um drone capaz de sobrevoar o planeta por cinco anos sem precisar descer, o projeto ganha um upgrade importante.
Os Titan também são capazes de captar imagens enquanto voam, assim como um satélite. Elas poderiam ser muito bem aproveitadas pela empresa no Google Earth ou no Google Maps.
A Titan ainda afirma que seus drones podem ser usados para monitoramento de áreas de risco ou para análise de condições climáticas.
As primeiras informações sobre a compra foram publicadas pelo Wall Street Journal. O Google confirmou ao jornal (agora o site da Titan Aerospace já fornece a informação oficialmente) e disse: “Ainda estamos no começo, mas satélites atmosféricos poderiam ajudar a laver acesso à internet a milhões de pessoas e nos auxiliar a solucionar outros problemas”.
De acordo com uma matéria do ano passado do site Clean Technica, os drones são revestidos de três mil painéis solares. Eles voam acima das nuvens, o que facilita a captação dos raios solares.



Drone Solara 50, da Titan Aerospace, deve ajudar projetos do Google como o Loon

 A empresa foi fundada em 2012 e fica sediada no Novo México, nos Estados Unidos. No meio do ano passado, a Titan Aerospace anunciou o projeto de criação dos modelos Solara 50 e Solara 60, que são os drones que usam energia solar. A expectativa é que o Solara 50 fique pronto ainda em 2014, e o Solara 60 posteriormente.
Os Solara 50 são capazes de voar a aproximadamente 20 mil metro de altitude e em uma velocidade de 104 km/h e carregado uma carga de 32 quilos. A medida de ponta a ponta dos drones é de 50 metros.
O Solar 60, que ainda não está tão avançado em desenvolvimento, deve ser capaz de carregar cargas maiores.
Antes do Google, a empresa já havia despertado o interesse do Facebook. A empresa de Mark Zuckerberg teria feito uma proposta de compra por 60 milhões de dólares. O valor da compra pelo Google não foi divulgado, mas deve ter superado a proposta do Facebook.

Assista abaixo a um vídeo do Solara 50:









http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/novos-drones-do-google-podem-voar-por-5-anos-sem-aterrisar

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Quem Foi? O verdadeiro Johnnie Walker

Ele inventou o destilado, mas foi o filho Alexander quem colocou o nome do pai na história, criando a primeira marca global

por Tarso Araújo
Corria o ano da graça de 1819 quando o jovem John chegou à vila escocesa de Kilmarnock com a herança do pai no bolso. Maduro para seus 15 anos, o recém-órfão não gastou em bobagem: tornou-se sócio e logo proprietário de uma próspera mercearia, famosa por seus chás, vinhos e comidas importadas. Ah, e também por umas “cachacinhas escocesas” que colocariam na história o seu sobrenome — Walker.
O uísque, na época ainda uma bebida oleosa e pesada, difícil de engolir, era dos poucos produtos nacionais do boteco, comprado nas fazendas da região e armazenado em barris de vinho usados. “John foi um dos primeiros a perceber que, dependendo do tipo de barril que usava e do tempo de armazenamento, a bebida ficava mais suave e agradável”, diz o escocês Colin Pritchard, embaixador da Johnnie Walker no Brasil.

Outra inovação de John foi conseguir combinar uísques de forma decente. Na época, o pessoal exagerava tanto que combinar destilados era crime. Mas sua criação, o blend (“mistura”) Walker’s Kilmarnock Whisky, destinado a uma clientela disposta a pagar mais por uma cachacinha mais redonda, ganhou fama Grã-Bretanha afora.

Apesar da venda de uísque representar apenas 8% do seu faturamento, John insistiu que o mais velho de seus 5 filhos, Alexander, aprendesse tudo sobre o assunto em uma destilaria. Em 1856, quando voltou para trabalhar com o pai, o primogênito convenceu o velho a deixar a mercearia de lado e dedicar-se exclusivamente à fabricação e comércio de uísque, no atacado.

John morreria apenas um ano depois, de ataque cardíaco, sem comprovar o bom faro de Alexander para os negócios. E para o uísque. “Ele tinha um nariz muito bom, e foi com esse talento que criou o Old Highlands Whisky”, diz Pritchard, explicando que o responsável pelo blend de um uísque não põe nenhuma gota de bebida na boca: apenas sente o perfume. A mistura de cerca de 40 destilados, criada em 1867 por Alexander, foi a precursora do Johnnie Walker Black Label, que ganharia esse nome oficialmente em 1908.

Em matéria de design, Alexander também merece um brinde. Para que coubessem mais garrafas na caixa e informações no rótulo, as fez quadradas e os rótulos em diagonal. Numa época em que ninguém falava em marketing, os dois elementos ajudavam os pinguços a reconhecer um uísque da família Walker a distância.

Alexander também trabalhou duro para distribuir seu uísque. Em 1920, a bebida era vendida em 120 países, tornando-se a primeira marca global. Johnnie nem imaginava que seu sobrenome seria levado tão ao pé da letra.
Grandes momentos
- O homenzinho caminhando que representa Johnnie Walker foi criado em 1909, com base em uma imagem do velho John. Nas primeiras versões, ele andava para a direita.

- Fazer blends continuou proibido até 1860, 4 anos após a morte do velho Johnnie.

- Em 1906, a John Walker and Sons passou a distribuir 3 variedades de uísque: o comum (etiqueta branca), o especial (vermelha), e o extra, 12 anos (preta). Em 1909, o primeiro saiu de linha e os outros dois passaram a ser chamados simplesmente de Red Label e Black Label.
http://super.abril.com.br/historia/quem-foi-verdadeiro-johnnie-walker-615725.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super

terça-feira, 15 de abril de 2014

Prática da ‘troca com troco’ volta a ser adotada por concessionárias 

Modalidade comum no passado recente volta e ajuda consumidor a escapar de dívidas e loja a reduzir estoques

16 de março de 2014 | Márcia De Chiara - O Estado de S. Paulo 

A velha prática de "troca com troco" voltou a ser adotada por algumas concessionárias de veículos em São Paulo para desovar os estoques. Nessa modalidade de venda, comum no período de boom de consumo que houve no passado recente, o cliente dava o veículo usado como pagamento, que era considerado parte da entrada, e ainda saía com dinheiro no bolso, financiando o restante do valor do carro.

Foi exatamente atraído por essa facilidade que o corretor de imóveis Michel Elias Correa Ribeiro, de 31 anos, casado e pai de um filho, comprou um modelo Chevrolet Onix zero quilômetro, motor 1.0 completo, 
com ar condicionado, direção hidráulica e freio ABS na semana passada por R$ 35.990 na concessionária Palazzo.

Pelo fato de estar com um volume de estoques dez dias acima do normal, a revenda decidiu retomar a velha tática do passado, mas para um período curto de tempo. A promoção começou na quinta-feira e termina hoje.

"Fu
i atraído pela troca com troco. Precisava do dinheiro para quitar pendências do cheque especial e despesas de início de ano", informa o corretor.

Pelo seu Corolla 2009, com 79 mil quilômetros rodados, a concessionária pagou R$ 40 mil. Desse total, R$ 18 mil ficaram como entrada e R$ 22 mil foram diretamente para a conta corrente do corretor. O saldo de R$ 17.990 foi parcelado em 24 meses, sem juros, com prestações mensais de R$ 749,58.

Cautela. A compra do carro zero nessa modalidade de pagamento foi considerada um bom negócio por Ribeiro, que estava pagando R$ 700 por mês só de juros no cheque especial e agora vai poder quitar a dívida. No 
ano passado, ele se endividou além da conta e chegou a atrasar alguns pagamentos.

Os planos do corretor de imóveis para este ano são mais cautelosos. Como na sua profissão ele não dispõe de um salário fixo e consegue receber uma boa quantia apenas quando fecha uma venda, Ribeiro pretende a partir de agora se endividar menos do que no passado. "De prestação vou manter apenas a do carro e a da casa", planeja.

Essa modalidade de vendas deu um alívio para as finanças do corretor e também para os estoques da concessionária. Segundo o diretor comercial da revenda, Wilson Goes, em apenas dois dias de promoção a Palazzo conseguiu dobrar o número de veículos vendidos em relação a um
dia normal.

Quanto ao risco maior de inadimplência proporcionado pela volta da modalidade conhecida como troca com troco, o diretor comercial explica que a chance é menor porque, ao contrário do passado, hoje o prazo de financiamento é menor do que há dois ou três anos e há exigência de entrada.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral%2cpratica-da-troca-com-troco-volta-a-ser-adotada-por-concessionarias%2c179711%2c0.htm

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Filmes apostam em marcas para decolar 

Para atrair o público às salas de cinema, 'Rio 2' investe pesado na parceria com mais de uma dúzia de empresas, de água de coco a banco

14 de abril de 2014 |
Stuart Elliot, The New York Times - O Estado de S.Paulo

Acordos entre estúdios de cinema e marqueteiros se tornaram cada vez mais comuns, especialmente nas épocas do ano em que o calendário de lançamentos nos cinemas fica repleto de títulos. A água Evian, por exemplo, comercializada pela Danone, chamou muita atenção na semana passada ao lançar um vídeo para promover uma parceria com O Espetacular Homem-Aranha 2, que será lançado pela Sony Pictures nos EUA no dia 2 de maio.
O filme publicitário da Evian, produzido pela BETC Paris, parte da agência Havas, mostra o Homem-Aranha interagindo com uma versão de si mesmo quando bebê numa sequência de um popular comercial da Evian lançado no ano passado, conhecido como "Baby and me". A parceria inclui até uma embalagem da Evian estampada de Homem-Aranha (veja abaixo).
O filme Rio 2, continuação da animação de 2011, também está envolvido em uma pesada estratégia de marketing. O longa estreou com o respaldo de mais de uma dúzia de empresas, de banco a de água de coco, que se juntaram à 20th Century Fox e à Blue Sky Studios para promover as aventuras das araras azuis. Entre os parceiros estão a Avon, com linha de produtos infantis; Burger King, com refeição para criança (e brindes dos personagens); e Liberty Travel, agência que aproveitou o patrocínio para promover a venda de pacotes de viagem.
O banco Western Union também resolveu entrar na jogada de marketing com anúncios em TV, mídia impressa, ponto de venda, mídias sociais, entre outros, em que os personagens são explorados. Há ainda uma parceria entre o filme de animação Rio 2 o Serviço Americano de Proteção às Florestas - por meio do Conselho de Publicidade - para promover a iniciativa "Descubra a floresta", proposta pelo serviço de proteção e voltada para crianças e seus pais (boa parte do filme Rio 2 se passa na Amazônia).
Já a Vita Coco, um dos principais nomes do ramo da água de coco, está embarcando em sua primeira parceria de licenciamento com um filme de destaque para aproximar a linha infantil da empresa (Vita Coco Kids) do filme Rio 2, que é direcionado ao "público família".
O objeto central da parceria é a criação de dois sabores da Vita Coco Kids inspirados na animação: Blu-berry Beach (adaptação do nome do personagem principal de ambos os filmes, a arara azul Blu) e Gabi's Pink Lemonade, aproveitando a nova personagem Gabi, uma rã venenosa.
A marca de água de coco e o filme Rio 2 têm um ponto em comum: elo com o Brasil. Os fundadores da Vita Coco, que pertence à All Market Inc., decidiram criar a marca durante uma viagem de férias numa praia brasileira; e Rio 2, assim como o primeiro filme, se passa no País. A marca já vem explorando o tema Brasil há um tempo, segundo Michael Kirban, diretor executivo da All Market em Nova York. "É por isso que a ligação com Rio 2 faz tanto sentido."
A campanha da água de coco foi criada internamente pela All Market, que planeja gastar cerca de US$ 2 milhões este ano para anunciar a Vita Coco Kids. A empresa não informou a quantia gasta com o Rio 2.
Investimento. Os esforços para atrair as crianças e seus pais até os cinemas para ver Rio 2 constituem na "maior campanha promocional doméstica já feita pelo estúdio para um de seus filmes", diz Zachary Eller, vice-presidente sênior de parcerias de marketing da 20th Century Fox, divisão da 21st Century Fox, em Los Angeles.
Eller estima que os acordos de parceria tenham "valor de marketing estimado entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões", dos quais US$ 30 milhões serão para veículos de massa, em mídia paga. "Isso contribui muito para divulgar o filme e estimular o público", diz. Para o executivo, isso ajuda a criar uma aura "de evento cultural, muito mais do que um filme".
Além de ser a primeira parceria da Vita Coco Kids com um filme, a campanha de Rio 2 também representa a primeira ligação com um filme para a Liberty Travel, diz Eller, e "a primeira parceria de entretenimento da história" da Western Union.
A campanha da Western Union deve ajudar o filme a chegar ao público hispânico, segundo ele. Muitos comerciais que promovem o banco como forma de enviar dinheiro são voltados para consumidores de língua espanhola./ TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso%2cfilmes-apostam-em-marcas-para-decolar%2c1153424%2c0.htm

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Coca-Cola Femsa inicia atividades do novo CD em Sumaré

07 de abril de 2014 | SUZANA INHESTA - Agencia Estado SÃO PAULO
A fabricante de bebidas Coca-Cola Femsa começou hoje as operações do novo Centro de Distribuição (CD) localizado em Sumaré, interior do Estado de São Paulo. Os investimentos no estabelecimento, que ocupa um terreno de 113 mil metros quadrados na Área Cura (Comunidade Urbana de Reurbanização Acelerada), foram de R$ 82 milhões nos últimos dois anos, conforme informou a companhia, em nota.
 A capacidade inicial de armazenamento do novo CD é de 12,8 mil paletes ante 7,5 mil da antiga unidade em Jundiaí (SP). Além disso, trabalhará diariamente com uma média de 189 mil caixas unitárias, e fará cerca de 180 rotas fixas para atender as regiões de Sumaré, Campinas, Mogi Mirim, Limeira, Piracicaba e Rio Claro, entre outras. A empresa ainda disse que, quando o CD estiver com sua capacidade de operação total, será o segundo maior da companhia.
A estimativa é de que a geração de empregos diretos e indiretos chegue à casa dos 900 postos de trabalho. Neste primeiro momento, já começam a trabalhar na unidade de Sumaré mais de 600 trabalhadores. O CD de Sumaré faz parte de uma série de investimentos da companhia visando crescimento no mercado brasileiro e o redesenho de seu mapa logístico e produtivo. As ações nesse sentido ainda contam com conclusão recente de um armazém vertical moderno e mecanizado na fábrica de Jundiaí e a construção de uma nova fábrica em Itabirito (MG).
http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios-geral%2ccoca-cola-femsa-inicia-atividades-do-novo-cd-em-sumare%2c181337%2c0.htm

Boa Vista: títulos protestados sobem 12% no 1º trimestre

08 de abril de 2014 | GABRIELA LARA - Agencia Estado
 
SÃO PAULO - O volume de títulos protestados no Brasil aumentou 12% no primeiro trimestre de 2014 ante mesmo período de 2013, de acordo com dados da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Para as empresas, a alta foi de 7,2% e, para as pessoas físicas, de 21,5%. 
Na comparação de março de 2014 com março de 2013, o número de títulos protestados recuou 1,0%, somando-se as incidências de pessoas físicas e jurídicas. Segundo a Boa Vista, o valor médio dos títulos protestados para o mês passado foi de R$ 2.520. 
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral%2cboa-vista-titulos-protestados-sobem-12-no-1-trimestre%2c181427%2c0.htm

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Total de inadimplentes sobe 6,58% em março, diz CNDL/SPC

08 de abril de 2014 | AYR ALISKI - Agencia Estado

BRASÍLIA - O número de pessoas físicas inadimplentes na base de registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aumentou 6,58% em março de 2014 em relação ao mesmo período do ano passado, a maior alta dos últimos 15 meses. A partir deste dado, o SPC Brasil e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimam que, ao fim de março, o Brasil tinha cerca de 52,5 milhões de consumidores com contas em atraso.
O estudo divulgado nesta terça-feira, 08, aponta, ainda, que a quantidade de inadimplentes cresceu 1,31% em março de 2014 em relação a fevereiro, a segunda maior alta da série histórica para os meses de março. Essa série acumula dados desde janeiro de 2011.
O balanço da CNDL e do SPC indica que entre o final de fevereiro e o final de março de 2014 ocorreu o registro líquido (entradas menos saídas) de cerca de 500 mil adultos em serviços de proteção ao crédito. São consideradas dívidas em atraso todos os débitos que, após não serem pagos na data acertada, forem registradas no banco de dados do SPC Brasil. Ou seja, apenas um dia de atraso no pagamento de contas já permite que o consumidor seja incluído na base de inadimplentes.
No mês passado, o número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente foi de 2,032 dívidas, resultado um pouco menor do que o registrado no mês anterior (2,044 dívidas). Em março, no entanto, houve alta mensal de 6,29% no número de dívidas vencidas há menos de 90 dias. CNDL e SPC indicam que isso é comum nesta época do ano, refletindo asdificuldades financeiras relacionadas aos maiores gastos no início do ano. A partir de maio, a tendência deve mudar e parte das dívidas começa a ser paga, avaliam as duas entidades.
Na comparação anual, o número de dívidas vencidas há menos de 90 dias também teve alta de 5,06%, índice considerado "expressivo" pela CNDL e pelo SPC Brasil. A avaliação é que a maior dificuldade de pagar as dívidas não se limita a questões sazonais, embora seja intensificada por esses fatores.
Para a economista do SPC Brasil Luiza Rodrigues, o resultado de março reflete o atual cenário econômico de desaquecimento da economia brasileira e de alta de juros, que aumenta a dificuldade das famílias em honrar compromissos. Esse crescimento da inadimplência, segundo economistas do SPC Brasil e CNDL, é consequência das compras não planejadas, contraídas em forma de parcelas no Natal do ano passado, assim como nas liquidações de janeiro.
"As dívidas vencidas em dezembro e em janeiro ainda não foram pagas, o que explica o forte aumento do número de compromissos em atraso vencidos entre 31 e 90 dias. Isso sem mencionar o comprometimento do orçamento familiar com pagamentos de despesas típicas de início de ano como IPTU e IPVA", explica Luiza. 
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral%2ctotal-de-inadimplentes-sobe-6-58-em-marco-diz-cndlspc%2c181453%2c0.htm